Sobre a construção da política econômica: uma discussão dos determinantes da taxa real de juros no Brasil

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2007
Autor(a) principal: Chernavsky, Emilio
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/12/12138/tde-22052007-160330/
Resumo: As taxas reais de juro básicas que têm sido praticadas no Brasil ao longo de um período de já quase quinze anos têm se mantido de forma permanente em níveis extremamente elevados quando comparadas com as taxas historicamente praticadas no país, ou quanto colocadas em uma perspectiva internacional. Neste trabalho, procurou-se proceder a uma análise crítica sistemática das principais teorias sugeridas pelo campo ortodoxo da teoria econômica com o objetivo de explicar a situação excepcional do Brasil, examinando os resultados empíricos por elas obtidos. De um modo geral, a análise conduzida não encontrou evidências satisfatórias capazes de sustentar a relevância ou por vezes a própria validade das teorias examinadas, as quais demonstraram claramente ser tanto teórica quanto empiricamente insuficientes para justificar a manutenção dos níveis das taxas reais de juro praticados no país. Assim, as conclusões e recomendações de política construídas a partir do conjunto de teorias aqui analisado cuja adequação para o caso brasileiro é posta em dúvida neste trabalho devem ser normalmente vistas com reserva. Por outro lado, procedeu-se a uma análise crítica dos fundamentos teóricos e empíricos sobre os quais se apóia a maneira em que a política monetária tem sido conduzida no país, de forma a verificar se as excepcionais taxas reais de juro brasileiras não decorreriam das necessidades impostas por uma política cujo principal objetivo declarado é manter o controle da inflação. Após proceder ao exame desses fundamentos, não se encontraram na condução da política monetária os elementos que pudessem justificar a particularidade daquelas taxas. Tendo a abordagem ortodoxa se mostrado globalmente insatisfatória como forma de explicar as taxas reais de juro brasileiras, é introduzida uma abordagem alternativa baseada na economia das convenções, a qual se mostrou a princípio capaz de fornecer bons indicativos para resolver a questão.