Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2023 |
Autor(a) principal: |
Oliveira Filho, Lucas Pimentel de |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/96/96133/tde-15122023-120329/
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Resumo: |
A teoria neoclássica de finanças há muito discute acerca da eficiência dos mercados e suas implicações para os agentes, como a impossibilidade de se obter retornos excedentes aos do mercado ajustados pelo risco, devido ao fato de as informações serem rapidamente refletidas nas cotações dos ativos. Não obstante, pesquisadores das áreas de economia comportamental e neuropsicologia conduziram pesquisas empíricas que evidenciaram vieses e heurísticas, como excesso de confiança e aversão a perdas, dos quais decorrem ineficiências sistemáticas de mercado, o que é inconsistente com a Hipótese de Mercado Eficiente (HME). Nesse contexto, a Hipótese de Mercados Adaptativos (HMA), formulada por Andrew Lo (2004 e 2005), propõe um framework que concilia a HME e as rupturas identificadas, adotando uma visão evolutiva para os mercados e seus agentes. De acordo com esta teoria, o grau de eficiência de um mercado relaciona-se com os fatores ambientais que o caracterizam, os quais oscilam ao longo do tempo e cujas interações resultam em períodos de ineficiência. Dentro deste contexto, o presente trabalho analisou a aderência da HMA no âmbito do mercado de capitais brasileiro, com o objetivo de observar oscilações no grau de eficiência ao longo do tempo. Visando tal tarefa, utilizou-se o método Multifractal Detrended Fluctuation Analysis e o expoente de Hurst generalizado, para fins de verificar o nível de persistência da série temporal e aferir o grau de eficiência do mercado em análise, especialmente antes e após o avanço no número de participantes pessoas físicas a partir de 2019 e a crise desencadeada pelo coronavírus no início de 2020. Os resultados obtidos apontam que o mercado local possui natureza multifractal, havendo discrepâncias entre a eficiência de mercado de curto e longo prazo dentro de uma mesma (sub)amostra. Conclui-se que o grau de eficiência do mercado acionário analisado oscila ao longo do tempo, conforme preconizado pela HMA, sendo impactado negativamente pelo evento do coronavírus, a despeito do aumento no número de participantes. |