Influência de substâncias atrativas, cores e formas de armadilhas na captura da “mosca das frutas” Ceratitis capitata (Wiedemann, 1824) (Diptera: Tephritidae)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 1974
Autor(a) principal: Salgado, Luiz Onofre
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/11/11146/tde-20240301-153259/
Resumo: Procurando verificar a eficiência em atratividade de algumas substâncias, cores e formas de armadilhas para a "mosca das frutas", Ceratitis capitata (Wiedemann, 1824), dois experimentos foram conduzidos sendo o primeiro sob condições de laboratório, no Departamento de Entomologia da Escola Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz”, em Piracicaba (S.P.) e o segundo sob condições de campo na Escola Superior de Agricultura de Lavras, em Minas Gerais. No primeiro experimento, utilizaram-se apenas substâncias atrativas constituídas de proteínas hidrolisadas de peixe e de milho em diferentes concentrações. A obtenção de adultos a partir de pêssegos infestados permitiu a realização do ensaio, em ambiente confinado, devidamente telado, com aproximadamente 40 m3, onde se distribuiu o material atrativo em delineamento de blocos casualizados, em que cada teste constituiu uma repetição. Para captura dos adultos, foi empregada uma substância colante “sticky” em torno das iscas. A proteína de peixe a 0,1% apresentou maior capacidade de atração, sendo que a mesma proteína a 0,2%, 0,3% e proteína de milho a 0,2%, 0,4% e 0,8%, não diferiram da testemunha. O ensaio mostrou também que a proteína de peixe a 0,1% perde o poder atrativo a partir do 4º dia, devendo ser renovado após esse período. No segundo experimento, realizado num cafezal, bastante infestado pela mosca, utilizaram-se armadilhas de diferentes cores, formas e atrativos, obedecendo a um esquema fatorial de 3 x 7 x 3, sem repetição. As substâncias atrativas utilizadas foram: vinagre de uva 25%, melaço de cana a 7% e proteína hidrolisada de milho a 1%; para as cores, empregou-se: amarelo, alaranjado, branco, verde, azul, vermelho e preto. Três foram as formas de armadilhas adotadas: esférica, cúbica e cilíndrica. O “sticky” também constituiu componente imprescindível à realização deste ensaio. Dentre as substâncias atrativas, o vinagre de uva a 25% foi a mais eficiente. O melaço de cana a 7% e a proteína hidrolisada de milho a 1% também foi considerado eficiente. Na decomposição da interação atrativos x cores, só houve diferença significativa para os atrativos dentro das cores amarelo e alaranjado. Devido provavelmente a forte atratividade do vinagre de uva não foi possível identificar a cor e a forma de armadilha preferida pela Ceratitis capitata, nas condições em que foi realizado o experimento, embora constatasse uma tendência acentuada para a forma cúbica e para as cores branca e amarela.