Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2016 |
Autor(a) principal: |
Alonso, Douglas do Carmo |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
|
Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
|
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Não Informado pela instituição
|
Palavras-chave em Português: |
|
Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/10/10137/tde-17102016-115520/
|
Resumo: |
Os agonistas alfa 2 adrenérgicos são sedativos empregados na rotina clínica de ruminantes, e têm, entre outras, a vantagem de possuir antagonistas específicos, que aumentam a segurança no uso destes medicamentos. Tendo em vista a escassez de estudos acerca dos parâmetros hemodinâmicos e respiratórios em ovinos em posição quadrupedal e submetidos à sedação com xilazina ou dexmedetomidina com posterior reversão pelo atipamezole, realizou-se o presente estudo. Para tanto, foram utilizados 12 ovinos, machos, com idade entre um e dois anos, peso médio de 37,7kg, distribuídos em dois grupos de seis animais que foram submetidos a dois tratamentos distintos com média de três semanas de intervalo, em estudo do tipo prospectivo, encoberto e aleatório, sendo designados como Grupo XILA (cloridrato de xilazina 0,2 mg/kg IM) e Grupo DEX (cloridrato de dexmedetomidina 15 µg/kg IM). Para a instalação do cateter de artéria pulmonar os animais foram anestesiados com auxílio de máscara facial com isofluorano em oxigênio, e na sequência foram intubados e mantidos sob anestesia com o mesmo agente até o fim da instrumentação. Após a recuperação anestésica foram avaliados os parâmetros hemodinâmicos, hemogasométricos e respiratórios durante os primeiros 60 minutos com os animais em posição quadrupedal, para obtenção dos parâmetros basais. Finalizada esta avaliação, os animais foram submetidos aos protocolos de sedação segundo o seu grupo. Os parâmetros foram verificados e registrados aos cinco (S5), 15 (S15) e 30 minutos (S30) após sedação, e, após a aplicação de 30 µg/kg IM de atipamezole aos cinco (R5) e 15 minutos (R15). Foram avaliados frequência e ritmo cardíaco, pressão arterial sistêmica, parâmetros hemodinâmicos, frequência respiratória, hemogasometria arterial e venosa mista, temperatura central, glicemia e grau de sedação. Os índices ventilatórios e hemodinâmicos foram calculados. O período de latência em XILA e DEX foram 3,9 e 5,2 minutos. A xilazina promoveu sedação mais intensa, com diferença significativa entre os grupos aos 5 e 15min após sedação (momentos S5 e S15). Após a sedação, observou-se redução significativa da frequência cardíaca nos dois grupos, que refletiu no débito cardíaco, índice cardíaco e pressão arterial média. Houve elevação não significativa da resistência vascular sistêmica em ambos os grupos, mas que após o atipamezole ficou significativamente mais baixa no grupo XILA. A xilazina causou taquipneia, que foi inibida após o atipamezole. Não houve alterações clinicamente importantes nos valores de PaCO2, PaO2, SaO2 e nem nos índices de ventilação, indicando que não ocorreu hipoxemia, hipercapnia ou hipoventilação durante a sedação. A glicemia elevou-se de maneira significativa nos dois grupos mantendo-se elevada mesmo após o antagonista. Após administração do atipamezole os animais levaram 10,0 e 11,7 minutos para ficarem em posição quadrupedal e 19,3 e 30 minutos para reversão dos efeitos da xilazina e da dexmedetomidina, respectivamente. Tanto a xilazina como a dexmedetomidina promoveram sedação segura, com poucos efeitos hemodinâmicos e cardiorrespiratórios, sugerindo que a administração pela via intramuscular seja adequada para sedação de ovinos com xilazina ou dexmedetomidina |