Inventário de transições na carreira: estudo com profissionais graduados

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Silva, Marlize Paulo da
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/59/59141/tde-13122017-135309/
Resumo: Com o advento de mudanças estruturais e tecnológicas no mundo pós-moderno, a partir de meados da década de 1970, expressas pela flexibilização do trabalho, globalização, reestruturação produtiva e a ruptura do padrão do vínculo empregatício, os conceitos e a intervenção no domínio das carreiras estão sendo redesenhados. Novos paradigmas têm possibilitado às pessoas a compreensão de seu projeto de carreira vinculado ao projeto de vida. Velozes mudanças no mundo requerem adaptações, atualizações e estratégias para lidar com as constantes transições. Investigações sobre técnicas e instrumentos para a intervenção em aconselhamento de carreira são relevantes. Assim, este estudo se propôs a adaptar um instrumento que objetiva avaliar os recursos psicológicos de adultos em processo de transições na carreira. O objetivo geral consistiu em verificar as evidências de validade do Career Transitions Inventory. Para uso no Brasil passou a ser denominado Inventário de Transições na Carreira (ITC-Br). O estudo objetivou secundariamente descrever possíveis relações entre as variáveis do instrumento com as variáveis demográficas e profissionais. Os participantes são profissionais com nível superior de escolaridade, que se autodeclararam em situação de mudanças na vida laboral ou que tivessem recentemente passado por transições e ainda estivessem se adaptando à nova fase da carreira. Dessa forma, a pesquisa se enquadra em um estudo aplicado, exploratório e descritivo com o uso de métodos quantitativos. A coleta de dados ocorreu via plataforma online, por meio de acessibilidade específica e efeito bola de neve. Os dados foram tratados e analisados através de software estatístico. A amostra de 533 profissionais é composta majoritariamente por mulheres (69,6%) e a idade média é de 34,6 anos (DP=9,529). Por meio da Análise Fatorial Confirmatória, o ITC-Br reteve 4 fatores (prontidão, confiança, controle e apoio) e um total de 19 itens. Os profissionais da amostra apresentam médios escores em todas as subescalas do ITC-Br. Diferenças entre grupos foram constatadas e discutidas: jovens são mais confiantes; indivíduos em transições dentro da profissão, em transições de profissão e em transições universidade-trabalho apresentam maior prontidão; pessoas em transições involuntárias possuem mais confiança e controle, porém menos prontidão e apoio; indivíduos com titulação de mestrado declaram perceber ter mais apoio àqueles que possuem apenas a graduação; pessoas que estão mais dedicadas às estratégias de enfrentamento das transições revelam mais prontidão e apoio, todavia, estão menos confiantes e a avaliação satisfatória sobre as transições mostra índices maiores de prontidão e apoio, porém menos confiança e controle. Sugestões para o refinamento do instrumento, bem como para abarcar outras variáveis pertinentes às transições na carreira em futuros estudos são recomendados.