Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2010 |
Autor(a) principal: |
Munhoz, Izildinha Maria Silva |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/59/59137/tde-18112010-200456/
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Resumo: |
A Educação para a Carreira é compreendida, neste estudo, como um esforço do sistema educativo e de toda a comunidade para inserir nos conteúdos escolares atividades destinadas a ajudar os alunos a: (1) estabelecerem relações entre os conteúdos das disciplinas e as exigências de diferentes ocupações/profissões; (2) fazerem do trabalho, como esforço contínuo, consciente, remunerado ou não, dirigido a produzir benefícios socialmente aceitáveis para si mesmo e/ou para os outros, uma parte significativa do seu estilo de vida e (3) adquirirem competências-chave para um positivo desenvolvimento da carreira. Este estudo, de caráter exploratório, de natureza quanti-qualitativa, teve como objetivos compreender as representações sociais de professores do ensino fundamental e médio sobre a Preparação para o Trabalho no contexto da educação básica e, a partir das representações sociais, sugerir subsídios para a elaboração de Programas de Educação para a Carreira no contexto educacional brasileiro. Os participantes foram 77 professores de três escolas, duas particulares e uma pública, de uma cidade de porte médio de Minas Gerais. O grupo focal foi a técnica utilizada para obtenção dos dados, precedido de uma atividade de evocação de palavras com o termo-disparador Preparação para o Trabalho. Os dados foram tratados pelos softwares EVOC-2000 e NVivo 8 e submetidos à análise de conteúdo temática. Os resultados evidenciaram que os professores concebem a Preparação para o Trabalho como preparação para a tomada de decisão da carreira. Na base desta concepção estão as representações sociais do trabalho como ganha-pão, do profissional bem preparado como: o apaixonado pelo que faz, de vocação como algo que vem do coração e da Preparação para o Trabalho como maneira abrir o leque de possibilidades de carreiras. Tais concepções se ancoram nos ideais liberalistas, de igualdade de oportunidades e liberdade de escolha e na concepção da Orientação Vocacional tradicionalmente voltada para a adequação do indivíduo às exigências profissionais. Os professores referem conversas com seus alunos sobre atitudes e habilidades necessárias ao trabalho e questões relativas à escolha profissional, evidenciando a importância da sistematização de tais intervenções. Conclui-se que há possibilidades legais e necessidades de inserção da Educação para a Carreira no sistema educacional brasileiro, pois ela contempla, com seu enfoque educativo, a possibilidade de abranger um número expressivo de crianças e jovens, atualmente desprovidos de intervenções que o ajudem a articular educação, trabalho e carreira fundamentada no princípio de orientação ao longo da vida. Assim, se concebe, neste estudo, a inserção da Educação para a Carreira no sistema educativo, de forma infusiva, aditiva ou mista, objetivando a preparação dos jovens para um engajamento democrático, ativo e crítico em todos os aspectos da sua vida. Isto pode contribuir para o crescimento pessoal e, ao mesmo tempo, que colaborem para a construção de uma sociedade mais justa e inclusiva. |