Do labirinto à ascensão do ser feminino: um estudo comparativo entre \"A madona\" de Natália Correia e \"A casa da paixão\" de Nélida Piñon

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2001
Autor(a) principal: Alcantara, Liem Hani da
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8156/tde-07092022-092755/
Resumo: Da leitura às obras \"A casa da paixão\" e \"A madona\", a primeira produzida no seio pátrio por Nélida Piñon e a última, nas terras portuguesas por Natália Correia, depreendem-se pontos de confluências e divergências. Entretanto, o propósito dessa monografia limitar-se-á a demonstrar que a estrutura do labirinto, como via de acesso à imagem feminina forjada pela Natureza, é a pedra basilar dos romances comparados. Demonstração que se fará através do \'discurso\' e da \'história\', segundo nomenclatura de Todorov. Corrobora com essa inferência, de um lado, o seu caráter lingüístico e formal, ao imprimir a arquitetura de Dédalo à estrutura respectiva. Nesta, sua linguagem é um constante tecer de véus. Sua impenetrabilidade é o índice do medo e da liberdade. A leitura é um eterno tatear entre as paredes sinuosas do labirinto, é um processo de descobrir uma realidade mascarada. O leitor nesse jogo serpentino, proposto pela escritura experimentalista, é o voyeurista que transita por uma sucessão interminável de câmaras secretas em direção à cela em que a \'provável\' verdade seja revelada. Por outro lado, a simbologia pilar que sustenta os enredos é análoga a que determina o sistema lingüístico, isto é, o labirinto, cuja concepção mítica constitui-se na visão do divino como a estrada que o iniciado deverá trilhar, a fim de salvaguardar-se do poder aniquilador da morte