Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2017 |
Autor(a) principal: |
Santana, Messias dos Santos |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8142/tde-13062017-161624/
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Resumo: |
Em uma consulta a gramáticas já desde fins do século XVIII , a livros didáticos e a manuais de morfologia da língua portuguesa, encontra-se, geralmente, uma lista de vários sufixos considerados diminutivos. Contudo, muito raramente se encontram explicações acerca das mudanças linguísticas que possibilitaram que tais sufixos alcançassem as formas que possuem, ou sobre o comportamento sincrônico desses sufixos sobretudo quando a sincronia em questão é uma sincronia pretérita , ou, ainda, quanto à descrição diacrônica ou histórica desses sufixos, no período que se estende do século XIII ao XX, quer tendo como foco a forma, quer o funcionamento, quer a semântica. Desse modo, a partir da identificação dos sufixos que atuam como diminutivos em língua portuguesa e considerando o fato de essa língua ser uma língua românica, esta pesquisa apresenta, inicialmente, uma caracterização de sufixos diminutivos latinos quanto à origem, à forma e à significação, ao que segue a descrição das principais mudanças ocorridas nesses sufixos desde o latim vulgar até algumas línguas românicas, como o português, o espanhol, o francês, o provençal e o italiano, sendo as formas resultantes nestas últimas quatro línguas ainda descritas em relação à sua forma e à sua semântica. Na sequência, os sufixos diminutivos existentes em português foram caracterizados desde o século XIII ao XX, século a século em seus aspectos formais (fonéticos e morfológicos), funcionais e semânticos, fase essa em que se identificaram, também, características que esses sufixos possuem em comum com os latinos e com os românicos, em especial com os das línguas mencionadas. Para isso, foram constituídos corpora de diminutivos relativos a cada um dos séculos aqui contemplados, tendo por base a análise de palavras encontradas em dois corpora eletrônicos, o Corpus Informatizado do Português Medieval (CIPM) para textos compreendidos entre os séculos XIII e XV e o Corpus do Português para textos entre os séculos XIV e XX. Com base na análise dos diminutivos identificados, foi possível concluir que os sufixos diminutivos existentes em português são provenientes da língua latina quer por herança, quer por empréstimo a outras línguas românicas ou ao latim clássico , os quais conservam, ainda, algumas das características dos diminutivos naquela língua, como manutenção do gênero da palavra primitiva, diversidade semântica e formação de nomes próprios diminutivos. Os dados analisados indicam, também, que, embora sejam muitos, os sufixos diminutivos em português são muito pouco produtivos nessa língua, com exceção dos sufixos em -t- a partir do século XIX e, principalmente, do sufixo -inho, muito frequente e o mais produtivo em todas as sincronias descritas, podendo, assim, ser caracterizado como o sufixo diminutivo por excelência da língua portuguesa, com previsão de que ainda continuará sendo por muitos séculos. |