Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2019 |
Autor(a) principal: |
Carvalho, Fernanda Cristina Gomes de |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/47/47133/tde-20082019-102944/
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Resumo: |
O início do século XXI trouxe importantes revelações para o autismo. Sua concepção ampliou significativamente e a ideia da causalidade psíquica foi questionada, dando lugar a teorias que privilegiam o aspecto biológico. A genética está no seu auge e representa o grande interesse científico. A psicanálise, por sua vez, tem sido rejeitada em detrimento de abordagens que utilizam técnicas de aprendizagem. Dessa forma, esta pesquisa pretendeu investigar as contribuições da psicanálise de orientação lacaniana e da genética no que diz respeito ao autismo na atualidade, a fim de sustentar a posição de que a psicanálise tem algo a contribuir no tratamento desses casos. A discussão sobre os embates entre a supremacia de saberes em relação ao autismo e como o viés político pode justificar essas ações, torna-se importante. Primeiro retratamos os autismos hoje, na tentativa de percorrer seu campo de abrangência: o mercado, os manuais de classificação, os debates atuais, o gozo autista e o seu percurso histórico. Em seguida, foram revisadas as contribuições da psicanálise de orientação lacaniana, no sentido de marcar a distinção entre autismo e psicose, a partir do advento do sujeito no campo da linguagem. Por último, discorremos sobre as novas pesquisas genéticas, com a finalidade de propor uma interlocução possível entre esses campos. A concepção de investigação que embasa esta dissertação é o modelo de pesquisa em psicanálise, que permite compreender os fenômenos em profundidade. Referente à coleta de dados, foram utilizadas a pesquisa bibliográfica e a de campo. A pesquisa de campo seguiu os moldes da entrevista em psicanálise. Foram realizadas duas entrevistas com uma geneticista envolvida com o Projeto Genoma Humano na área do autismo, com o intuito de complementar o escopo teórico deste estudo, bem como identificar um possível encontro entre psicanálise e genética. Concluímos que há um encontro possível, que é, justamente, o retorno do particular, o olhar para a singularidade. O aporte teórico de Lacan sobre o objeto a, traz importantes balizas de como conduzir esses casos na clínica. Esta pesquisa aponta para o compromisso do psicanalista em se posicionar frente aos debates contemporâneos, para procurar desmistificar algumas das principais críticas à psicanálise, que procuram afastá-la das opções dos tratamentos possíveis do autismo |