Desenho e espaço construído: relações entre pensar e fazer na obra de Paulo Mendes da Rocha

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2013
Autor(a) principal: Otondo, Catherine
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/16/16133/tde-14082013-154408/
Resumo: O presente trabalho apresenta uma reflexão sobre a formação da obra arquitetônica a partir do estudo do acervo de projetos do arquiteto Paulo Mendes da Rocha, buscando relacionar duas instâncias do processo criativo: desenho e espaço construído. A atividade de desenhar está historicamente aliada ao desenvolvimento criativo, técnico e institucional do fazer arquitetônico. O desenho pode ser entendido como algo que contém múltiplas naturezas: mental e figurativa, e está presente em vários momentos da elaboração de um projeto de arquitetura. O estudo da obra de Paulo Mendes da Rocha sugere uma revisão do conceito tradicional de desenho aplicado às escolas de arquitetura, e nos leva a buscar novos sentidos para o desenho no fazer projetual, como um modo de alargar a percepção sobre o processo criativo, que traduz a complexidade do fazer arquitetônico. Aqui, o desenho está ligado à ideação, trata-se de uma instância privilegiada sobre a qual se materializa a ação do pensamento projetual. O exame direto das obras nos coloca frente à realidade do espaço construído, e nos obriga elaborar novas perguntas: como o arquiteto opera com as determinações da matéria, da técnica e do programa? Por meio de quais ações projetuais o arquiteto transforma o espaço? Enfim, \"como\" ele toma consciência ou dá forma a seu pensamento? As obras escolhidas para compor este trabalho permitem construir uma compreensão alternativa à obra de Paulo Mendes da Rocha a partir de novos parâmetros, e ao mesmo tempo se associam à narrativa contínua que percorre toda sua trajetória de trabalho, desde o fim dos anos 1950 até os dias de hoje.