Produção de textos na sala de aula e emancipação docente: a investigação de uma professora-pesquisadora

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: Freitas, Maristela Silva de
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/48/48138/tde-15082022-091832/
Resumo: Esta tese versa a respeito de uma investigação da própria prática pedagógica. Trata de textos escolares, mas também de uma iniciativa que visa à emancipação docente, por meio da reflexão de práticas desenvolvidas na própria sala de aula. A coleta de dados teve início em 2017, em uma turma de 3º ano do Ensino Fundamental, e estendeu-se até 2019, quando os estudantes completavam o primeiro ciclo do Fundamental I. Tomamos como corpus vinte e duas produções escritas de duas estudantes que, à época da coleta de dados, estudavam em uma escola pública municipal situada na comunidade de Paraisópolis. Com base em pesquisas sobre o texto escolar produzidas por pesquisadores e professores-pesquisadores, propusemo-nos a analisar os textos destas crianças visando à compreensão dos avanços e retrocessos no percurso de escrita. Por meio do compromisso em superar a fina linha divisória entre pesquisa e ensino (CALKINS, 2002), constatamos que, a partir das observações das marcas no texto da criança, é possível depreender preocupações sobre o exercício da escrita; ainda que em processo de alfabetização, verificamos que as crianças já são capazes de retroagir sobre o próprio texto, fazendo escolhas que manifestam sua implicação com a escrita. Observamos também que, embora sejam concebidas como atividades construtivistas, as sondagens da escrita que também compõem o corpus desta tese -, têm engessado o trabalho docente, conduzindo o professor à reflexões previsíveis que acabam por não contribuir para a aprendizagem da escrita. Em outras palavras, trata-se de uma tese que convida o leitor a assumir a coragem dos delitos da escrita (BARZOTTO, 2011), provocando-o a assumir o compromisso de produzir a diferença por meio da investigação da própria prática.