Consumo, parâmetros digestivos e comportamento de bovinos de corte em pastejo de capim Tanzânia (Panicum maximum Jacq. cv. Tanzânia) suplementados com fontes de energia ou de proteína

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2002
Autor(a) principal: Manzano, Ricardo Pereira
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://teses.usp.br/teses/disponiveis/11/11139/tde-20191220-134059/
Resumo: O objetivo foi de avaliar o efeito da suplementação energética ou protéica sobre o comportamento ingestivo e os parâmetros digestivos, de bovinos sob pastejo, com duas disponibilidades de forragem diferentes no verão. Oito garrotes da raça Nelore foram utilizados em um sistema de pastejo rotacionado, em capim Tanzânia, sob dois níveis de resíduo de MS verde (MSV), obtidos após a saída dos animais (R1=1000 Kg ha-1 de MSV e R2=4000 kg ha-1 de MSV). Quatro garrotes foram alocados a cada um dos resíduos, sendo distribuídos em dois quadrados latinos 4x4, onde cada animal recebeu um tratamento de suplementação (SO=sem suplementação; S1=2,24 kg dia-1 de milho moído grosso; S2=2,24 kg dia-1 de milho floculado; S3=0,7 kg dia-1 de farelo de soja). Os ciclos de pastejo se constituíram em 33 dias como período de descanso e 3 dias de ocupação. Houve aumento do tempo de pastejo (470,63 contra 354,28 minutos dia-1, tempo de ruminação (408,48 contra 319,06 minutos dia-1) e do consumo de matéria seca da forragem (P < 0,005) com o aumento da disponibilidade de MSV. O tempo em ócio foi elevado com a redução na disponibilidade de matéria seca (P < 0,05). Houve aumento de consumo de matéria seca total e de matéria orgânica total, com a suplementação (P < 0,05). A suplementação reduziu o tempo de ruminação, o pH ruminal, a relação acético: propiônico e elevou a concentração molar de ácido propiônico no fluido ruminal (P < 0 ,05). Animais manejados no menor resíduo de MSV pós pastejo, apresentaram maior concentração total de ácidos graxos voláteis (P < 0,05). Não foram observados efeitos significativos da disponibilidade de forragem sobre a digestibilidade dos nutrientes (P > 0,05), à exceção da PB. O uso de milho moído grosso elevou a digestibilidade da porção fibra, enquanto que o milho floculado, estimulou a digestibilidade do amido (P < 0,05). A suplementação e a disponibilidade de forragem não alteraram o NDT e os parâmetros de degradabilidade ruminal da matéria seca (P > 0,05). Os parâmetros de degradabilidade das frações FDN e FDA não foram alterados pela suplementação (P > 0,05). O resíduo de matéria seca verde pós pastejo influenciou a fração insolúvel e potencialmente degradável da FDN e FDA, que foram superiores para o R1 (P < 0,05); e ataxa fracional de degradação da FDN que foi inferior para o R1 (P < 0,05). A degradabilidade potencial da FDA foi superior para o R1 (P < 0,05). A disponibilidade de forragem, vinculada ao maior resíduo pós pastejo, exerceu influência mais acentuada do que a suplementação sobre os parâmetros avaliados.