Verticalização de favelas em São Paulo: balanço de uma experiência (1989 a 2004)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2006
Autor(a) principal: Albuquerque, Maria José de
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/16/16131/tde-18112010-141931/
Resumo: Esta tese trata das experiências de verticalização de favelas desenvolvidas no Município de São Paulo no período compreendido entre 1989, precisamente no início da gestão de Luiza Erundina, até o final de 2004, quando se encerra a gestão de Marta Suplicy. Tem por objetivo, além de proceder a um resgate histórico dessa polêmica modalidade de intervenção em assentamentos informais, detectar o que mobilizou os diferentes administradores do período a fazer uso da mesma. Pretende-se, ainda, apontar as potencialidades, limites e desafios de tal modalidade no contexto paulistano, a partir das impressões dos agentes que estiveram de alguma forma envolvidos na sua definição em execução, bem como dos próprios beneficiários a população da antiga favela e atualmente residindo nos conjuntos habitacionais. Parte-se da premissa de que a verticalização de favelas executada nas gestões de Luiza Erundina (1989 1992), pioneira do uso da modalidade, Paulo Salim Maluf e Celso Pitta (1993 2000) e Marta Suplicy (2001 2004), embora em contextos políticos distintos, não se distingue de forma significativa, ou seja, foram adotados praticamente os mesmos procedimentos que apresentaram resultados muito próximos. Para testar tal premissa, foi realizado um estudo comparativo de três casos, adotando, como objeto da investigação, três conjuntos habitacionais considerados representativos de cada um dos períodos acima citados. Adotou-se uma metodologia qualitativa e o uso de diferentes fontes, primárias e secundárias, como: visitas aos empreendimentos, análises de documentos, entrevistas em profundidade com agentes significativos de cada administração/período e a realização de grupos de discussão com moradores dos conjuntos. A análise dos dados possibilitou entender que, para além do debate e das discussões ideológicas, a verticalização de favelas é um recurso cada vez mais premente no contexto paulistano para a melhoria das condições de vida da população que reside nos espaços informais e, não menos importante, para o conjunto da cidade.