Demanda de fertilizantes a nível regional e de Brasil: 1954-79

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 1982
Autor(a) principal: Carmo, Antonio Jose Braga do
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/12/12138/tde-18112024-152116/
Resumo: Este trabalho tem como objetivo estudar a demanda de fertilizantes no Brasil e em suas diferentes regiões, abrangendo o período de 1954 a 1979. A escolha do tema se justifica por diversos fatores, entre eles, a constatação de que os fertilizantes são essenciais para o aumento da produtividade agrícola e a diversificação da produção nas diferentes regiões do país. Além disso, observa-se que o consumo de fertilizantes no Brasil cresceu significativamente a partir de 1967, impulsionado por políticas governamentais voltadas para o setor. A pesquisa utiliza dados de várias fontes, como o Sindicato da Indústria de Adubos e Corretivos Agrícolas (SIACESP), o IBGE, a Fundação Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (FIBGE) e o Ministério da Agricultura. O trabalho está estruturado em seis capítulos, sendo o primeiro dedicado à importância dos fertilizantes como fator de aumento da produtividade agrícola. Também são discutidas as hipóteses e objetivos da pesquisa, além de uma revisão da literatura sobre a relação entre o processo de modernização agrícola e o uso de fertilizantes no Brasil. O segundo capítulo revisa a literatura existente sobre a demanda de fertilizantes, abordando estudos realizados tanto no Brasil quanto no exterior. O foco está nas experiências do Japão, no impacto das políticas de fertilizantes nos Estados Unidos e nas condições da indústria brasileira de fertilizantes, especialmente no contexto das políticas de substituição de importações e autossuficiência. O terceiro capítulo descreve a metodologia adotada para estimar a demanda de fertilizantes, utilizando o método de mínimos quadrados. São apresentados dois modelos: o tradicional, que considera as variáveis dependente e independente no mesmo período, e o modelo de defasagens distributivas, que inclui o consumo de fertilizantes de anos anteriores como variável explicativa. O capítulo também detalha as variáveis utilizadas na pesquisa, com destaque para o preço dos fertilizantes, que foi analisado de duas maneiras: o preço real praticado no mercado e o preço subsidiado, considerando o impacto do crédito rural. No quarto capítulo, os resultados da estimação da demanda de fertilizantes são apresentados e discutidos. A análise mostra a evolução da demanda tanto em termos regionais quanto nacionais, levando em consideração os diversos fatores que influenciam o consumo de fertilizantes no Brasil. São discutidos os resultados obtidos a partir dos dois modelos de estimação utilizados. O quinto capítulo se dedica a simulações que avaliam o impacto da política de crédito rural sobre o consumo de fertilizantes. Além disso, são feitas projeções sobre a demanda futura de fertilizantes e comparações com a oferta prevista, permitindo identificar possíveis déficits ou superávits até 1985. O último capítulo sintetiza as conclusões do estudo, destacando as principais descobertas e implicações das políticas agrícolas e de fertilizantes. A pesquisa oferece recomendações para a formulação de políticas agrícolas que visem à otimização do uso de fertilizantes e ao crescimento sustentável da produção agrícola no Brasil.