As joias de Oxum: as crianças na herança ancestral afro-brasileira

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2016
Autor(a) principal: Anjos, Juliane Olivia dos
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/48/48134/tde-29032017-114837/
Resumo: Esta pesquisa visou identificar e compreender os lugares ocupados pelas crianças nas culturas identificadas com a ancestralidade afro-brasileira, predominantemente, o Candomblé. Trata-se de uma pesquisa na área da Educação que articula estudos advindos de distintas áreas para compor sua problematização, análises e possíveis caminhos. Como processo desta pesquisa, falar das crianças na herança ancestral afro-brasileira passou a significar a importância de afirmar os lugares por elas ocupados neste referencial, em suas facetas social, religiosa e espiritual e, ainda, em sua cosmovisão. Ao mesmo tempo, destaca a ancestralidade afro-brasileira como um importante referencial para se pensar as infâncias. Aponto um panorama teórico de como crianças e infâncias têm sido abordadas pelas áreas de estudos das infâncias, buscando identificar lacunas e avanços nos olhares e práticas sobre este ponto. Por outro lado, pesquiso como a área de estudos das culturas e ancestralidade afro-brasileira têm se dedicado às crianças. Apresento análises e relatos de trabalho de campo, realizado em diversos espaços e tempos, sempre em comunidades identificadas ao referencial afrobrasileiro, mais demarcado, com o povo-de-santo dos Candomblés Jeje e Ketu. Exponho, por fim, os caminhos em que o próprio referencial ancestral afro-brasileiro estrutura suas noções e práticas de infância, respaldadas, principalmente, nos Orixás Exu e Oxum. Ao passo que, internamente, a cosmovisão Exuística e a cosmovisão Oxumística estruturam uma noção de infância que afronta noções ocidentais de infância (como incompletude, apartação, ingenuidade e inferioridade), este referencial vem ao encontro das necessidades de valorização da identidade negra e infância, e também, de práticas espelhadas (negras) na educação da infância e no debate teórico na área.