Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2021 |
Autor(a) principal: |
Coppi, Luiz Antônio Callegari |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/48/48135/tde-28062021-193534/
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Resumo: |
O que me motiva nesta tese é investigar o que pode uma Educação que não tenha a Verdade como horizonte maior. Para tanto, procurei, em primeiro lugar, apresentar um panorama do quanto, em alguns textos clássicos da Pedagogia, a Verdade surge como palavra de ordem e objetivo máximo da formação e, exatamente por isso, acaba funcionando, quando tomada como absoluta, como parâmetro para o controle da circulação textual e opinativa. Em oposição a essa adesão àquilo que remete à certeza e à unicidade, recorri, a seguir, a três autores alinhados à Filosofia Trágica: Michel de Montaigne, Friedrich Nietzsche e Clément Rosset. Ao fazê-lo, tinha o intuito de analisar o que um pensamento dissociado daquilo que Nietzsche chama de Vontade de Verdade poderia trazer de relevante para as reflexões pedagógicas. A cada um destes autores, dediquei um capítulo específico neste texto. Do estudo de algumas passagens de Montaigne e de Nietzsche, emergiu uma compreensão mais adequada a respeito de como o abandono de uma verdade única abre o interesse pela multiplicidade interpretativa, a qual, por sua vez, instaura a incerteza como condição existencial, e não mais como estágio rumo a uma certeza qualquer. No pensamento de Rosset, além da noção de acaso, busquei também o conceito de desmobilização, a ele atribuído à Filosofia, mas que, nesta tese, parece-me fundamental, à luz da incerteza e do acaso, para elaborar gestos possíveis à Educação. A essa Educação, por fim, que leva a sério o acaso, a incerteza e que se propõe à desmobilização, e que, portanto, nada mais sugere do que uma modesta adesão à potência do presente, do aqui e do agora, dei o nome de Pedagogia Menor. |