O trabalho oculto na rede de atenção psicossocial a crianças e jovens em sofrimento psíquico

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2010
Autor(a) principal: Oliveira, Maria Fernanda de A. P. B. de
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/6/6136/tde-08112024-185529/
Resumo: Na atual política de atenção psicossocial vigente no Brasil, os Centros de Atenção Psicossocial Infantojuvenil são serviços estratégicos na assitência em saúde mental a crianças e jovens em sofrimento psíquico. Preconiza-se um trabalho em rede intersetorial de cuidados a essa população. Com ela intenta-se a sustentação desses sujeitos em seus espaços sociais. Para efetivação da referida rede é necessário um trabalho sistemático e em muitas vezes árduo, que dificilmente encontra reconhecimento e legitimação. Com o fim de dar visibilidade a esse trabalho, aqui chamado de Trabalho oculto, objetivou-se descrever e analisar o modo como se consolida a construção da rede ampliada a partir da atuação dos trabalhadores de Centros de Atenção Psicossocial Infantojuvenil do município de São Paulo, representados pelos Terapeutas de Referência. Entrevistas semi-dirigidas com doze profissionais de nível universitário e Planilhas de atividades empenhadas na articulação-construção da rede ampliada intersetorial foram utilizadas como instrumentos para coletar os dados. Para análise dos dados foi usada a análise de conteúdo com significação temática. Como resultados verificaram-se o reconhecimento e a priorização pelos profissionais e pelas instâncias gerenciais dos atendimentos dirigidos diretamente às crianças e jovens principalmente desenvolvidos dentro da unidade. A partir disso, a atuação em rede ampliada e intersetorial não tem se constituído prioridade na assistência em saúde mental. Reconhecendo-se a sua importância na mudança paradigmática em relação à loucura e especialmente na assistência em saúde mental a crianças e jovens em sofrimento psíquico, destaca-se a necessidade de cuidar, apoiar e fortalecer os construtores dessa rede. Esses incluem especialmente os trabalhadores da saúde, educação, assistência social e justiça.