Embriogênese somática da bananeira (Musa spp): indução, maturação e análise morfo-anatômica

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2000
Autor(a) principal: Filippi, Silvia Balbão
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://teses.usp.br/teses/disponiveis/11/11144/tde-20190821-123428/
Resumo: Este trabalho teve como objetivo a obtenção de embriogênese somática em cultivares brasileiras de bananeira e subsequente conversão dos embriões somáticos em plantas. Estudos desta natureza visam possibilitar trabalhos futuros que envolvam a manipulação genética, para melhoramento desta cultura. O projeto consistiu, primeiramente, na indução de embriogênese somática a partir de ápices vegetativos testando-se: diferentes auxinas (dicamba, picloram, 2,4-D e NAA) em meio MS (Murashige & Skoog, 1962); três meios de cultura com diferentes razões entre nitrogênio nítrico e amoniacal (NO3-: NH4+); e tempo necessário para permanência do explante no meio de indução. Indução foi obtida, porém, embriões somáticos não converteram-se em plantas. Em seguida, estudou-se o efeito do tratamento de maturação, através de cultivo contendo concentração mais elevada de sacarose (60 g/L) ou PEG (polietilenoglicol), na conversão e germinação de embriões somáticos a partir de ápices vegetativos. Alternadamente, foram utilizados explantes de inflorescências masculinas na indução de embriogênese somática. Em todas as etapas foram realizadas análises morfo-anatômicas através de microscopia ótica e eletrônica de varredura. Na indução a partir de ápices vegetativos, as auxinas dicamba e picloram apresentaram formação de estruturas embriogênicas e embriões somáticos, enquanto que as demais apresentaram ausência de resposta embriogênica. Cortes histológicos dos explantes em meio com dicamba, mostraram regiões embriogênicas com formação de pró- embriões e regiões meristemáticas não organizadas, que possivelmente, originaram estruturas monopolares. Os embriões somáticos eram morfologicamente semelhantes aos embriões zigóticos de Musa acuminata, porém, diferenciação de protoderme, ápices meristemáticos e procâmbio, não foram observados. Entre os três diferentes meios de cultura testados na indução (SH, FN-Lite ou 1/2 MS), o meio FN-Lite e 1/2 MS, com razão nitrato:amônio de 4:1 e 2:1, respectivamente, apresentaram melhor qualidade dos embriões somáticos, do que os embriões em meio SH com razão de 9,5:1, e o melhor tempo de indução foi de 4 semanas. Cortes histológicos foram realizados para observação das características dos embriões somáticos formados. O tratamento de maturação dos embriões somáticos favoreceu a conversão dos embriões em plântulas, porém, em baixo percentual. Frequentemente foram observadas, tanto em meio de indução, como de maturação, uma alteração de desenvolvimento dos embriões somáticos, com um crescimento preferencial do ápice radicular, e ausência de desenvolvimento do ápice caulinar. Em explantes de inflorescências masculinas, identificaram-se através de análises morfo-anatômicas, dois tipos de embriões somáticos: um tipo semelhante ao embrião zigótico de Musa acuminata e, em menor frequência, desenvolveram-se embriões somáticos semelhantes a embriões zigóticos de outras monocotiledôneas, indicando que em um único protocolo de embriogênese somática, é possível ocorrer a formação de diferentes padrões morfológicos de embriões somáticos.