Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2010 |
Autor(a) principal: |
Salla, Thiago Mio |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/27/27152/tde-04112010-142858/
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Resumo: |
A presente pesquisa tem como objetivo estudar os quadros nordestinos publicados por Graciliano Ramos na revista getulista Cultura Política, principal publicação do Departamento de Imprensa e Propaganda (DIP), do Estado Novo, entre março de 1941 e maio de 1943. Levando-se em conta a materialidade de tais escritos, ou seja, o fato de terem sido veiculados num suporte editorial e num tempo específicos, procura-se examinar os efeitos (agregativos e desagregativos) por eles produzidos no periódico oficial, bem como as estratégias empregadas pelo artista para mover-se em meio a um terreno minadíssimo, de articulações políticas comprometedoras, durante o regime de 1937. Como se depreende da análise dos textos propriamente ditos e dos debates culturais dos quais estes participavam, observa-se que o escritor, no momento em questão, parecia equilibrar-se sobre o fio de uma navalha: se de um lado a necessidade de colaboração impunha-se, de outro, percebe-se na seleção das tópicas, no gênero e no modo de elocução adotados em seus Quadros e costumes do Nordeste (nome da seção em que estes foram estampados inicialmente), seu receio em comprometer-se com os postulados do governo ditatorial. Paralelamente, como forma de ampliar o corpus de escritos de Graciliano Ramos, esta tese disponibiliza, em anexo, uma proposta de edição de 58 textos do autor, ainda inéditos em livro, recolhidos ao longo das pesquisas de campo em diferentes arquivos brasileiros. Trata-se de crônicas, artigos, cartas, discursos e até do trecho de uma peça de teatro até então desconhecidos do grande público, que ajudam a compor um perfil mais acabado do artista e de sua obra como um todo. |