Integração vertical e financeirização: o caso da agroindústria processadora de grãos no Brasil.

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2007
Autor(a) principal: Souza, José Francisco Dias de
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/3/3136/tde-26122008-114124/
Resumo: Esse trabalho se propôs a conhecer as justificativas para utilização da integração vertical no setor agroindustrial diante da presença de movimentos recentes e contrários de desverticalização a essa estratégia. A principal motivação do estudo partiu da busca pela compreensão da relação entre a estratégia de integração vertical e o fenômeno denominado financeirização que tem exercido, entre outros fatores, influência em decisões relacionadas à imobilização de capital. O método selecionado para o trabalho foi o estudo de casos múltiplos, sendo que devido às dificuldades de acesso às empresas selecionadas optou-se por desenvolver apenas dois casos, mas que representam as maiores agroindústrias instaladas no Brasil. Os principais resultados foram agrupados em cinco partes: relacionados à discussão teórica, destacando-se a percepção de influência da financeirização em ambas as estratégias (integração vertical e desverticalização) existindo alguma incidência maior do fenômeno em mercados que se comportam de forma desverticalizada; relativos ao comportamento setorial, no qual foram constatados argumentos históricos e características específicas do setor agroindustrial que justificam a manutenção de negócios no segmento de fertilizantes como forma de otimizar as operações no segmento de grãos; descrição das razões para a estratégia segundo a perspectiva do ambiente de operações; justificativas para a verticalização segundo a perspectiva do ambiente de negócios; e uma síntese conclusiva. Percebeu-se no estudo, entre outras conclusões, que a estratégia, caso não esteja sujeita ao fenômeno da financeirização, pelo menos atende aos seus requisitos, sendo que a forma como ela ocorre e os resultados (financeiros e operacionais) decorrentes garantem os aspectos demandados pelo movimento Shareholder Value. Enfim, ao final do estudo são relatadas as principais limitações do trabalho, assim como algumas propostas de continuação do mesmo.