Sobre o conceito de Estado total em Carl Schmitt

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: Silva, Felipe Alves da
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8133/tde-23052023-185208/
Resumo: Na tentativa de Carl Schmitt em captar a essência do Estado liberal, acaba por descrever um movimento que se dá no interior da democracia liberal-parlamentar weimariana: a guinada ao Estado total. Este conceito, introduzido por ele em 1931, aparece como desdobramento traduzido na virada do Estado liberal a um tipo de Estado pluripartidário, que se torna a autoorganização da sociedade, resultando no desaparecimento da diferenciação entre Estado e sociedade. É a este desdobramento do Estado a algo que não mais se diferencia e não mais se sobrepõe à sociedade, antes, confundindo-se com ela e intervindo em todos os aspectos da vida social, que Schmitt chamará de Estado total quantitativo. Sob o fio condutor teológico-político e do decisionismo, busca-se explicar como Schmitt aponta na democracia liberal-parlamentar o potencial desenrolar de um Estado total, de modo a ter uma melhor compreensão da posterior defesa de um Estado total qualitativo, nos moldes paradigmáticos do stato totalitario italiano, capaz de restaurar a força e a autoridade estatais minadas pelo pluralismo.