Farmacovigilância: monitorização intensiva de vancomicina em pacientes hospitalizados

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2010
Autor(a) principal: Queiroz Netto, Maira Umezaki de
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/60/60137/tde-29032012-110351/
Resumo: Os eventos adversos, devido à grande ocorrência, são considerados um importante problema de saúde pública além de elevarem os custos com a saúde. Dessa forma, existe a necessidade de um sistema eficiente de farmacovigilância para prevení-los sendo a monitorização intensiva uma excelente estratégia para se alcançar este objetivo, pois permite a identificação e o conhecimento dos eventos adversos, além de medir sua incidência e melhorar as notificações voluntárias. Por esta razão, o presente estudo propôs a avaliação deste método em eventos adversos relacionados ao antimicrobiano vancomicina. As informações coletadas, provenientes dos bancos de dados e dos prontuários do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto (HCFMRP-USP), são referentes aos pacientes internados no hospital em tratamento com vancomicina no período de 01/09/2008 a 31/08/2009. Identificou-se 1719 tratamentos de 1302 usuários. Destes tratamentos, 521 foram excluídos por serem profiláticos. A idade média dos 1198 pacientes monitorados foi de 39,33 (± 27,66) anos e 58,68% pertenciam ao gênero masculino. Os diagnósticos infecciosos prevalentes para o tratamento com vancomicina foram pneumonia (18,95%), sepse (11,19%) e infecção relacionada a cateter (10,27%) com período médio de duração do tratamento de 11,47 (±7,79) dias geralmente na dose de 2000 mg ao dia (35,98%). Foram identificados indicadores de eventos adversos em 85,81% dos tratamentos, sendo a incidência de eventos adversos de 7,18%. A incidência de reações adversas (RAM) foi de 5,93% e de erros de medicação 2,57%. A causalidade das RAM foi prevalentemente provável (49,29%) e a gravidade moderada (54,93%). As RAM foram essencialmente do tipo B (81,69%) e os erros de medicação relativos à prescrição (87,10%). A comparação entre os grupos controle e estudo não apresentou diferenças significativas, demonstrando a necessidade de monitorização de todos os parâmetros relacionados a eventos adversos com a vancomicina. Dessa forma, fica evidente a importância da monitorização intensiva e da presença dos farmacêuticos clínicos na equipe de saúde para melhorar a eficiência da farmacovigilância, como demonstrado por este estudo. Diante dos resultados, conclui-se que o método de monitorização intensiva utilizando base de dados e prontuários, além da participação de um farmacêutico clínico, promove o conhecimento, a avaliação e a compreensão dos eventos adversos presentes em uma instituição, permitindo a esquematização de estratégias para a sua prevenção.