Heterogeneidade metabólica muscular associada à assimetria funcional.

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Semiatzh, Marcelo
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/42/42134/tde-31012019-132842/
Resumo: No contexto da atividade física, é aceito que a maioria das pessoas apresenta membros inferiores (MI) assimétricos, um deles atuando como lado dominante (DM), enquanto o outro é considerado não dominante (ND). Existe heterogeneidade da resposta dos MI de acordo com a função (DM / ND) em face de estímulos, como caminhada, manutenção da postura e exercício. O objetivo deste estudo foi avaliar a heterogeneidade metabólica e biomecânica entre os MI, comparando biópsias de ambos os músculos gastrocnêmios mediais em indivíduos ativos (AT) e muito ativos (MA). A expressão gênica da proteína de ligação aos ácidos graxos (FABP) no músculo gastrocnêmio medial(GM) mostrou diferença significativa (p <0,05) apenas no membro ND, com maior expressão no AT, enquanto a citrato sintase (CS) mostrou diferenças (p <0,05) no membro DM, com maior expressão em MA. Para os indivíduos MA, houve diferença significativa (p <0,05) entre os MI para FABP e CS que foram mais expressas no membro DM. Em relação aos impulsos horizontal de frenagem da marcha, a lateralidade causou diferença significativa (p <0,05) entre os indivíduos no grupo AT, com maior frenagem em ND. Quanto ao esforço, a diferença significativa para o impulso horizontal de frenagem da marcha(p <0,05) ocorreu somente no membro ND, sendo maior frenagem no grupo AT. Na propulsão, a diferença (p <0,05) ocorreu para o impulso de propulsão horizontal da marcha com interferência lateral no esforço somente no membro DM, sendo o maior no grupo MA. Para o impulso vertical de propulsão da marcha, independente do esforço, DM apresenta menor impulso. Nossos dados apontaram para a existência de diferenças metabólicas e biomecânicas entre os hemisférios opostos que podem ser exacerbados pelo exercício contínuo e especializado. Os resultados do fator lateralidade nos membros de DM e ND mostram diferentes adaptações entre os grupos, que podem ser consideradas na pesquisa e na clínica.