Bioecologia e competição de duas espécies de parasitoides neotropicais (Hymenoptera: Braconidae e Eulophidae) de Liriomyza sativae Blanchard, 1938 (Diptera: Agromyzidae)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2011
Autor(a) principal: Costa-Lima, Tiago Cardoso da
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/11/11146/tde-20102011-092814/
Resumo: A presente pesquisa teve por objetivo estudar a biologia de duas espécies de parasitoides associadas a Liriomyza sativae Blanchard, 1938 no Rio Grande do Norte. As duas espécies estudadas foram o parasitoide cenobionte larva-pupa, Opius (Gastrosema) scabriventris (Hymenoptera: Braconidae) e o parasitoide idiobionte larval, Chrysocharis vonones (Hymenoptera: Eulophidae). Foram avaliados para os dois parasitoides: influência da temperatura no desenvolvimento ovo-adulto e suas respectivas exigências térmicas; ínstar preferencial para parasitismo e predação; capacidade de parasitismo e predação e longevidade a 25 e 30ºC e a competição dos inimigos naturais. Paralelamente, desenvolveu-se uma técnica de criação da moscaminadora, L. sativae, para servir de base à produção de parasitoides desta praga. Os limiares térmicos inferiores de desenvolvimento para o período ovo-adulto de O. scabriventris e C. vonones foram similares, 7,3 e 7,4°C, respectivamente. Estimaram-se 29,4 gerações anuais de O. scabriventris e 30,5 de C. vonones em Mossoró-RN, região produtora de melão no RN, ou seja, 4,9 e 6,0 gerações a mais do que o hospedeiro, L. sativae, respectivamente. O parasitismo total a 25ºC e 30ºC de O. scabriventris e C. vonones foram similares. No entanto, a 25ºC, a longevidade do eulofídeo foi em média 12.9 dias inferior ao do braconídeo, causando uma maior média de parasitismo diário. O comportamento de predação foi responsável por 24% e 32% da mortalidade total de L. sativae por O. scabriventris e C. vonones, respectivamente. Essa porcentagem se manteve em 26%, para ambas as espécies, a 30ºC. Nos dois testes de competição, em que disponibilizaram-se duas quantidades de larvas de L. sativae, a espécie C. vonones superou O. scabriventris, em ambos experimentos. De acordo com os estudos biológicos e de competição, a 25ºC a espécie C. vonones foi a mais indicada como agente de controle biológico de L. sativae, enquanto a 30ºC ambos os parasitoides demonstraram capacidade similar para controle de L. sativae. O sistema de criação de L. sativae foi eficiente e possui características para sua aplicação em escala comercial, com a utilização de materiais de baixo custo, por ocupar espaço reduzido e por otimizar o tempo gasto com a redução de etapas do processo de criação. Esta técnica de criação da mosca-minadora funciona como base para a multiplicação de parasitoides para aplicação em programas de controle biológico clássico ou aplicado.