Produção e produtividade na agricultura do Estado de Goiás, 1995

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2001
Autor(a) principal: Pereira, Sebastião Marcos
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://teses.usp.br/teses/disponiveis/11/11132/tde-20181127-161644/
Resumo: Este trabalho analisa as relações de produção e produtividade no Estado de Goiás, do ponto de vista qualitativo e quantitativo, no período 1970-1995. A análise quantitativa refere-se ao ano de 1995, com base nos dados de 170 municípios divulgados pelo IBGE no Censo Agropecuário. O modelo econométrico utilizado é uma meta-função de produção, do tipo Cobb-Douglas, em que a variável dependente é o valor bruto da produção agropecuária. As variáveis independentes especificadas são: força de trabalho, capital em máquinas, terra com lavouras, terra com pastagens, insumos modernos agrícolas, insumos modernos na pecuária e escolaridade no meio rural. A análise qualitativa mostra que, nesse período, a evolução do setor agropecuário de Goiás pode ser dividida em duas fases. A primeira vai de 1970 até 1985, com o crescimento extensivo e ritmo acelerado do produto. A partir de 1985, começou a ocorrer progressiva restruturação do processo produtivo na busca de ganhos de produtividade dos fatores. As decisões de produzir foram então influenciadas pelas culturas de maior rentabilidade (soja e milho, por exemplo); na pecuária de corte ocorreu melhoria nas práticas de manejo. Acelerou-se a substituição de trabalho por capital e a estrutura fundiária começou a dar sinais de concentração da terra. Como resultante desse segundo cenário, observou-se o crescimento setorial a taxas modestas, culminando, em 1995, com taxa negativa de crescimento. Na análise quantitativa, o modelo ajustado apresenta as relações esperadas de valor da produção e uso de fatores produtivos convencionais; a variável educação também apresenta efeito direto positivo sobre a variável dependente, embora com menor confiabilidade estatística. Além disso o modelo sugere elevado poder explicativo do valor do produto agropecuário, aproximadamente 90%. E as variáveis de maior elasticidade parcial de produção são o estoque de capital e os insumos modernos. Assim, esses dois fatores poderiam exercer maior influência sobre o crescimento do produto agropecuário. Mas, as diferenças regionais de produtividade dos fatores devem ser consideradas pois as políticas agrícolas, se aplicadas indistintamente, não contribuirão para amenizar as diferenças entre as microrregiões do Estado e, desse modo, comprometerão o desenvolvimento rural, em seu sentido mais amplo.