Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2020 |
Autor(a) principal: |
Méo Filho, Paulo de |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/74/74131/tde-29042021-162448/
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Resumo: |
No primeiro experimento, foram avaliados 60 novilhos de corte da raça Canchim (composto 5/8 Charolês x 3/8 Zebu) distribuídos em 5 tratamentos representados pelo tipo de sistema de criação em pastagem (EXT = Extensivo; INT = Intensivo; ILP = Integração lavoura-pecuária; ILPF = Integração lavoura pecuária-floresta; IPF = Integração pecuária-floresta), com peso inicial 255 ± 7kg. O objetivo do trabalho foi avaliar o desempenho, características de carcaça, a produtividade animal por área, e relacioná-los a emissão de metano entérico de novilhos de corte em diferentes sistemas de produção em pastagem. O experimento foi executado na Embrapa Pecuária Sudeste, São Carlos/SP, avaliando as quatro estações do ano, pelo período de dois anos consecutivos. O segundo experimento foi realizado na instituição Rothamsted Research - North Wyke localizada em Okehampton no sul da Inglaterra, onde foram avaliados 60 bovinos de corte (novilhos e novilhas, de uma raça estabilizada composta por Hereford, Red Angus, Simental e Gelbvie), com peso inicial de 476 ± 51 kg, distribuídos em dois tipos de sistemas de criação a pasto (adubado e consorciado) que corresponderam aos tratamentos. Este trabalho teve como objetivo testar a hipótese de que o gado criado em diferentes tipos de pastagem de gramíneas C3 (adubada ou consociada) pode expressar diferente desempenho e emissões de CH4 ruminal. Os animais foram acompanhados por 5 períodos para determinação do desempenho produtivo, estimativa do consumo e emissão de CH4 entérico. Os dados em ambos experimentos foram analisados utilizando o SAS 9.4 (SAS Inst, Inc., Cary, NC). Após verificada a normalidade dos resíduos pelo teste Shapiro-Wilk, os dados foram análisados seguindo o procedimento para modelos mistos. As médias foram separadas pelo teste Tukey e os efeitos foram considerados significativos quando p<0,05. No primeiro experimento, o peso vivo final (PF) foi maior (p<0,05) para os animais dos sistemas INT (484) e ILP (466) em comparação com os animais do ILPF (416), IPF (414) e EXT (429). O consumo de matéria seca (CMS) apresentou diferença significativa (p<0,05), (ILPF = 8,9; EXT = 7,4; INT = 8,2; ILP = 7,5; IPF = 8,3). A intensidade de emissão em relação a eficiência de ganho da área gCH4/kgGMD / GPV/ha/ano foi significativamente (p>0,05) diferente entre os sistemas (EXT = 1,6; INT = 0,6; ILP = 0,8; ILPF = 1,1; IPF = 0,7). Foi observada interação sistema*estação para as variáveis taxa de lotação (UA/ha), ganho médio diário (GMD), e a emissão de metano estimada em relação ao GMD. Ainda, a intensidade de emissão de CH4 calculada em relação a produção de carcaça (kg CH4/kg de carcaça eq.) também foi significativamente diferente (p<0,05) entre os sistemas (EXT = 0,496 INT = 0,250; ILP = 0,297; ILPF = 0,345; IPF = 0,286). Bovinos de corte criados em sistemas de produção em pastagem intensificados e/ou integrados, têm acesso a maior disponibilidade de massa de forragem e nutrientes do que os criados extensivamente. Sistemas de pastagem que recebem tecnologias como correção e adubação do solo, são manejados com lotação rotativa ou ainda integrados com a cultura do milho, podem produzir animais com maior peso final e ganho médio diário, o que dilui as emissões de CH4 ruminal por kg de ganho de peso. Nesses mesmos sistemas uma maior eficiência no ganho por área é obtida, ou ainda, nos que são integrados com o componente florestal, porém, a medida que a complexidade dos componentes dentro de uma mesma área aumenta, como na ILPF, o ganho por área pode se equiparar ao de sistemas com manejo extensivo e controle da lotação animal. Ainda, esse mesmo padrão é observado na intensidade de emissão de metano em relação a eficiência do ganho animal por área. Animais produzidos em sistemas intensificados e integrados emitem menos metano por kg de carcaça produzida. No experimento 2, apenas a quantidade de energia bruta ingerida, convertida e emitida em forma de CH4 (Ym%) apresentou interação tratamento*período. Apesar dos resultados preliminares aqui apresentados não demonstrarem diferenças significativas entre os tratamentos, as emissões de CH4, em específico em g/dia e em relação ao ganho médio diário, demostraram numericamente uma tendência de menor emissão para o tratamento consorciado. Esse fato apoia o argumento da repetição do presente trabalho, de maneira a aumentar o número de animais experimentais e incorporar às análises dados de produção de massa e qualidade das forragens, além da produtividade de carcaça. |