Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
1996 |
Autor(a) principal: |
Almeida, Paulo Cesar de |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/6/6132/tde-08022018-172259/
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Resumo: |
No município de São Paulo, a mortalidade por tuberculose apresentava um acentuado declínio desde 1946 até 1984, porém a partir de 1985 houve uma inversão nessa tendência, a exemplo de outras grandes cidades semelhantes. Considerando que a AIDS poderia estar interferindo no aumento da mortalidade da tuberculose, e também que os indicadores de mortalidade pudessem ter continuidade no uso da Vigilância dessa endemia, decidiu-se por realizar este trabalho, que permitisse verificar se a epidemia por AIDS poderia estar influenciando na magnitude da endemia por tuberculose nesse município. Para tanto, estudou-se a mortalidade POR tuberculose, COM tuberculose por AIDS e demais causas básicas, COM tuberculose por outras causas básicas exceto AIDS, COM tuberculose apenas AIDS ou tuberculose como causa básica, e por AIDS como causa básica e demais causas assoociadas, inclusive a tuberculose. Os resultados mostraram um crescimento na mortalidade por tuberculose, cujo coeficiente 3,67 em 1984, passou para 4,14 em 1985, e em 1994 atingiu o valor de 6,45 óbitos por 100 000 habitantes. A velocidade do incremento verificado nesse período foi de 0,21 óbitos por 100 000 habitantes; a mortalidade com tuberculose por AIDS e demais causas básicas apresentou em 1985 um coeficiente de 5,54, passando o mesmo para 14,47 óbitos por 100 000 habitantes, em 1994, e a velocidade de crescimento dessa mortalidade foi superior ao da mortalidade por tuberculose em cerca de cinco vezes mais; a razão de chance entre a mortalidade com tuberculose e AIDS no período estudado, foi 18,30, sugerindo que as pessoas aidéticas tem uma taxa de mortalidade mais alta do que os não aidéticos. A mortalidade com tuberculose e todas outras causas básicas exceto AIDS não se alterou ano a ano. A mortalidade com tuberculose apenas AIDS como causa básica cresceu numa velocidade anual de 1,0 óbito por 100 000 habitantes, atingindo em 1994 o coeficiente de 12,75 óbitos por 100 000 habitantes, sendo o comportamento dessa mortalidade muito semelhante ao da mortalidade com tuberculose e todas outras causas básicas. O crescimento da mortalidade por AIDS como causa básica aconteceu de maneira transcendente: em 1985 seu coeficiente foi 1,54, passando em 1994 para 30,43 óbitos por 100 000 habitantes, sendo plausível, portanto, a hipótese de que a AIDS esteja contribuindo para o recrudescimento da endemia tuberculosa. Conclui-se que a mortalidade por tuberculose retomou tendência de crescimento a partir de 1985; o aumento dos óbitos com tuberculose foi maior do que o aumento dos óbitos por tuberculose; os óbitos por AIDS apresentaram maior chance de ter tuberculose associada do que os óbitos por outras causas básicas; a maior contribuição da AIDS no obituário com tuberculose se deu na faixa de 20 a 49 anos; a mortalidade com tuberculose poderá ser um valioso instrumento na monitorização da endemia. |