Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2022 |
Autor(a) principal: |
Vital, Carolina Graziani |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/9/9136/tde-29072022-230303/
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Resumo: |
Introdução: Pacientes com câncer em estádios avançados e metástases ósseas frequentemente não apresentam condições clínicas para a realização de esquemas quimioterápicos convencionais subsequentes, restringindo as opções de tratamento. Anteriormente, demonstramos que nanopartículas artificiais lipídicas (LDE), semelhantes à lipoproteína de baixa densidade (LDL) rica em colesterol, são captadas por tecidos malignos, e quando associadas aos quimioterápicos, após injeção pela via endovenosa, reduz drasticamente a toxicidade do tratamento. Os objetivos deste presente estudo foram avaliar a resposta clínica ao tratamento quimioterápico com paclitaxel (PTX) associado à LDE; avaliar as toxicidades clínicas e laboratorial, e a capacidade da associação LDE-PTX em reduzir a dor oncológica relacionada às metástases ósseas em pacientes com carcinoma de mama, próstata e pulmão, previamente tratados e não elegíveis para tratamento quimioterápico convencional subsequente. Métodos: Dezoito pacientes (8 com câncer de mama, 5 de próstata e 5 de pulmão) com metástases ósseas foram incluídos. O tratamento consistiu no esquema LDE-PTX na dose convencional do PTX (175 mg/m2 de superfície corpórea de 3/3 semanas) e os pacientes foram avaliados por resposta clínica, redução da dor óssea, uso de medicamentos opióides, e ocorrência de fraturas ósseas patológicas. Resultados: No total, 104 ciclos de quimioterapia foram realizados, e nenhum paciente apresentou toxicidade clínica, laboratorial, assim como não houve fraturas patológicas. Dos 18 pacientes incluídos, 9 tiveram sobrevida livre de progressão de doença 6 meses. Houve em todos os pacientes redução da dor óssea, permitindo substituição da medicação opióide por analgésico não opióide. Conclusão: A melhora significativa na dor óssea sem que tenha ocorrido toxicidade do tratamento, e o tempo de não progressão de doença 6 meses na metade dos pacientes sugere que esses pacientes tenham se beneficiado consistentemente do tratamento com a LDE-PTX. Portanto, a LDE-PTX pode tornar- se uma opção terapêutica interessante em pacientes com carcinomas de próstata, mama ou pulmão em estágios avançados e sem condições clínicas de se submeterem a outros esquemas quimioterápicos convencionais. |