Avaliação preliminar do tratamento de pacientes portadoras de câncer de ovário avançado com nanopartícula lipídica associada ao quimioterápico paclitaxel

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Vital, Carolina Graziani
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/9/9136/tde-16032017-160847/
Resumo: Introdução: O câncer de ovário é frequentemente diagnosticado em estágios avançados e é pouco responsivo aos tratamentos empregados atualmente. O tratamento de primeira linha consiste em esquemas incluindo cirurgia citorredutora seguido de quimioterapia adjuvante por derivados de platina e taxano. Os esquemas de segunda linha são baseados em gemcitabina e doxorrubicina lipossomal. Em seguida, a doença tende a progredir rapidamente e a quimioterapia não é indicada pela ausência de resposta e pela alta toxicidade desses medicamentos. Anteriormente, mostramos que nanopartículas lipídicas semelhantes à composição química da LDL, porém sem proteína, e associadas à agentes antineoplásicos são captadas por células neoplásicas. Objetivos: Testamos a hipótese se o paclitaxel associado à nanopartícula poderia beneficiar com segurança pacientes com câncer de ovário avançado e refratário ao tratamento, e portanto, não mais elegíveis para quimioterapia convencional. Métodos: Quatorze mulheres com câncer de ovário avançado de 61 ± 10 anos, com estadiamento clínico IV e TqNqM1 (FIGO e TNM Scale, respectivamente) que não eram responsivas à quimioterapia em terceira linha foram incluídas no estudo. O tratamento consistiu com o paclitaxel associado à nanopartícula na dose 175 mg/m2 de superfície corporal, a cada 3 semanas. As pacientes foram submetidas a exames clínicos antes de cada ciclo de quimioterapia. Determinações bioquímicas séricas e exames de imagem foram realizados para acompanhamento de novas lesões ou progressão da doença. Resultados: Foi realizado o total de 74 ciclos, e não foram observadas toxicidades laboratoriais e clínicas. Em quatro pacientes a doença permaneceu estável. Conclusões: A notável ausência de toxicidade, não registrada na literatura até hoje nos vários sistemas de veiculação descritos abre uma nova perspectiva de tratamento da doença. Evita-se o desconforto e os riscos da quimioterapia convencional, podem ser incluídos pacientes muito idosos ou com outras fragilidades que contraindiquem a quimioterapia e não há limite para a continuação do tratamento.