Semiótica, educação e o uso da tecnologia digital em sala de aula

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Noronha, Ana Carolina Cortez
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8139/tde-12012021-181015/
Resumo: Esta tese propõe uma investigação sobre a organização da transmissão da cultura e da construção do conhecimento no espaço escolar, no Brasil, no início do século XXI. Para isso, toma como objeto de análise planos de aula disponibilizados online em um site do Ministério da Educação, nos quais se investiga um simulacro do fazer da sala de aula no seu planejamento. Os planos são analisados discursivamente, utilizando-se a teoria semiótica do discurso de linha greimasiana, em especial os conceitos ligados aos estudos da enunciação (BARROS, 2001; FIORIN, 2002). Também se preocupa em investigar o discurso na internet e seu uso, cada vez mais intensificado, como meio de transmissão de informações e de construção do conhecimento. Decorrem dessas análises, entre outros, as estratégias discursivas de persuasão nos planos de aula, os valores que constroem o conceito de \"boa aula\" e os que circulam na educação brasileira. Ainda, propõem-se modos como a semiótica, com seu ferramental de análise, pode contribuir para melhores usos da tecnologia em sala de aula como, por exemplo, por meio de seu conceito de veridicção e de contrato fiduciário. Entendendo que os processos de educação sejam ativos e estejam sempre em adaptação às novas realidades e necessidades de cada geração, reflete-se sobre as mudanças causadas pela presença cada vez mais intensa da tecnologia na sala de aula com base no pensamento de Hannah Arendt (2014), com a concepção de que cabe à educação o papel de preparar o sujeito para o novo mundo que se renova a cada geração e, ao mesmo tempo, preservar o mundo anterior existente, apresentando-o ao aprendiz.