Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2016 |
Autor(a) principal: |
Andrade, Lilian Mendes |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/58/58133/tde-09082016-095926/
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Resumo: |
Os sistemas de estereofotogrametria digital representam um método não radioativo, seguro, preciso e objetivo para quantificar as dimensões dos tecidos moles faciais. Novos equipamentos têm despontado como alternativa viável nas especialidades que tratam do complexo craniofacial. A estereofotogrametria se destaca pela completa ausência de radiação ionizante, alta velocidade de aquisição, grandes ângulos de visualização, navegação virtual da imagem e possibilidade de integração com outros sistemas de imagens. Quando um novo método é proposto, torna-se necessário avaliar a sua confiabilidade na obtenção de resultados. O objetivo deste estudo foi analisar a repetibilidade intraexaminador em medidas faciais lineares e angulares, em um sistema de estereofotogrametria digital utilizado para avaliação da morfologia facial. A amostra final consistiu em 30 indivíduos adultos brasileiros com idade entre 18 e 45 anos, média de 26,71± 6,53 anos. Vinte e cinco mulheres e cinco homens, saudáveis, sem histórico de traumas ou cirurgias faciais e sem anormalidades congênitas, tiveram pontos de referência marcados em suas faces por um mesmo examinador e foram fotografados em dois momentos, com intervalo de uma semana (T1 e T2), pelo sistema de estereofotogrametria digital Vectra M3® (Canfield Scientific, Fairfield, EUA). Trinta e oito pontos foram demarcados em cada captura. Identificou-se um total de 2280 pontos; 11 medidas foram feitas em cada imagem capturada e 330 medições foram realizadas. As imagens obtidas foram medidas em software próprio do sistema. A análise foi realizada a partir de um conjunto de nove medidas angulares (ângulos nasolabial, mentolabial, convexidade facial, convexidade facial total, nasal, maxilar, mandibular, nasofrontal, maxilofacial, e duas medidas lineares (altura facial média AFAM e altura facial inferior - AFAI), propostas para caracterizar a morfologia facial dos indivíduos da amostra. A repetibilidade intraexaminador na aquisição das medidas foi analisada pela Média Absoluta das diferenças (MAD), Magnitude Relativa do Erro (MRE), Erro Técnico de Medição (ETM), Coeficiente de Correlação Intraclasse (ICC) e análise de Bland-Altman. O teste t para amostras pareadas foi utilizado na identificação de erro sistemático entre T1-T2. O coeficiente de correlação de Pearson foi empregado para verificar a associação entre idade/IMC e o erro nas medições realizadas. Resultados: No cálculo do ETM e da MAD, apenas os ângulos nasolabial (2,17°) e mentolabial (2,88°) apresentaram valores maiores que 2 graus (limite clínico estabelecido para o presente estudo). Para a MRE, 9,1% das medidas foram consideradas moderadas (ângulo maxilofacial), 27,3% foram consideradas boas (ângulo nasal, ângulo maxilar, ângulo mandibular), 45,5% muito boas (ângulo nasolabial, ângulo mentolabial, ângulo nasofrontal, AFAM, AFAI) e 18,2% excelentes (ângulo da convexidade facial, ângulo da convexidade facial total.). Os ângulos nasolabial, mentolabial, convexidade facial, convexidade facial total, maxilofacial e nasofrontal apresentaram valores de ICC (R) classificados como excelentes. O ângulo nasal, e as medidas lineares de AFAI e AFAM tiveram um resultado satisfatório. Não ficou comprovada a relação entre idade/IMC e o erro encontrado entre as medições (diferença absoluta entre T1 e T2). As medidas para AFAM apresentaram um erro sistemático. As medições realizadas foram consideradas precisas dentro dos limites e referências estabelecidas para o presente estudo. Os ângulos nasolabial e mentolabial devem ser interpretados com critério pela variabilidade apresentada. O examinador apresentou boa repetibilidade nas medições realizadas. Os resultados obtidos no presente estudo acrescentam confiabilidade ao uso da estereofotogrametria digital na antropometria facial. Os parâmetros de precisão adequados a cada situação, em clínica ou em pesquisa, devem ser previamente estabelecidos. |