Por uma arqueologia da infância: brincadeiras, jogos e aprendizagens nas praticas cotidianas das crianças nos séculos XIX e XX

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2024
Autor(a) principal: Alves, Daniela Maria
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/71/71131/tde-17052024-172221/
Resumo: Esta pesquisa respaldou-se em três pilares: cultura material associada às crianças proveniente de cinco coleções arqueológicas; documentos escritos e documentos iconográficos relativos às espacialidades e temporalidades do material arqueológico. Essas coleções referiram-se aos sítios Antigo Convento do Carmo, localizado no Rio de Janeiro, Praça das Artes, em São Paulo, Solar da Travessa Paraíso, em Porto Alegre, Praça Brigadeiro Sampaio, em Porto Alegre, e Sítio do Capão, em São Paulo, atravessando os séculos XIX e XX. Os objetivos centraram-se em caracterizar a cultura material associada às crianças; identificar as atividades das crianças; inferir sobre os grupos de crianças que utilizaram a cultura material; refletir sobre os modos de aprendizagem a partir do brincar e refletir sobre os relacionamentos que influenciaram as aprendizagens das crianças. Estabeleceu uma problemática a partir de duas questões: Como as crianças aprendiam pelo brincar? Como os relacionamentos influenciaram as aprendizagens das crianças? Além da concepção de aprendizagem definida ante a teoria da participação periférica legitimada, conceitos como criança, infância, cultura material associada às crianças, brinquedo e brincar respaldaram este trabalho. As análises geraram inferências sobre as diversas atividades das crianças, com ênfase nos brinquedos. Concluiu-se que as crianças aprendiam por meio das brincadeiras de imaginação e dos jogos de regras. Outros modos de aprendizagem, como a negociação e a cooperação, puderam ser inferidos a partir de memórias literárias, e que também evidenciaram perspectivas pessoais sobre as experiências infantis. Os relacionamentos mais próximos foram determinados como variáveis que influenciaram diretamente as aprendizagens das crianças. Considerou-se que as relações estabelecidas com os adultos e com os pares ora suportaram ora restringiram as aprendizagens infantis.