Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2017 |
Autor(a) principal: |
Martins, Gabriela Pereira |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8132/tde-02022018-113654/
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Resumo: |
Esta tese investiga as performances de confronto político desempenhadas pelas associações abolicionistas após a promulgação da lei 3.353, que declarou extinta a escravidão no Brasil. O objetivo é entender o que se passa com um movimento social depois que sua principal reivindicação é atingida. Neste caso, trata-se de investigar se os principais atores do movimento abolicionista, a saber, as associações abolicionistas, continuaram em atividade e o que faziam após a abolição. A via metodológica escolhida para a investigação consistiu na quantificação da informação disponível na própria imprensa abolicionista. A pesquisa consistiu no levantamento e leitura de periódicos abolicionistas da província do Rio de Janeiro, publicados entre 13 de maio de 1888 (data da lei áurea) e 15 de novembro de 1889 (data da proclamação da república). A partir desta leitura dos jornais foi construído um banco de dados, com identificação das associações abolicionistas que permaneceram em atividade mesmo depois de atingida a sua principal demanda, bem como das suas performances políticas. A intenção desta tese é tripla: correlacionar performances encenadas no pós-abolição com as do pré-abolição para verificar se elas preservam o padrão de ativismo construído pelo movimento abolicionista; argumentar que as associações são uma ponte organizacional suspendida no tempo, permitindo a transmissão de padrões de performances de um período a outro, assim promovendo a ligação entre ciclos de ativismos; e por último, analisar as interações de confronto das associações com as instituições políticas, observando as aberturas e fechamentos institucionais a elas. A tese demonstra a continuidade do ativismo abolicionista no pós-abolição, identificando 10 associações, sendo a Confederação Abolicionista a matriz organizacional, atuantes no imediato pós-abolição no Rio de Janeiro num contexto adverso, no qual as instituições políticas se mostraram mais refratarias do que receptivas aos abolicionistas. |