Medida indireta da pressão arterial em membros inferiores: revisão integrativa

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: Gonçalves, Isabella Wilson Paiva
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/22/22132/tde-24082021-145546/
Resumo: Introdução: A medida indireta da pressão arterial nos membros superiores, em determinadas situações, pode ser contraindicada, como em casos de utilização de cateteres vasculares, presença de linfedema, Trombose Venosa Profunda (TVP) ou fístulas arteriovenosas. Assim, um local alternativo para a medida da pressão arterial pode ser os membros inferiores, mais especificamente a coxa, a panturrilha ou o tornozelo. Objetivo: Sintetizar o conhecimento sobre a medida indireta da pressão arterial nos membros inferiores. Método: Trata-se de uma revisão integrativa da literatura. A estratégia de busca utilizou os seguintes descritores controlados: Ankle, Arterial Pressure, Blood Pressure, Blood Pressure Determination, Blood Pressure Measurement, Leg, Lower Extremity, Lower limb, Thigh. Sendo adaptada e realizada a busca no mês de junho de 2020, sem limite de período de publicação, em seis bases de dados eletrônicas: Academic Search Premier, CINAHL, Embase, PubMed, LILACS, Scopus e Web of Science. Foram identificadas 3.047 referências, das quais 1.523 duplicatas. Assim, do total de 1.524 citações, 1.478 foram excluídas após a leitura de título e resumo. Dessa forma, 46 estudos primários foram elegíveis para a leitura na íntegra, sendo 34 estudos excluídos, pois não respondiam à questão de pesquisa ou eram estudos de revisão. Adicionalmente, foi realizada a busca manual (handsearching) nas referências dos estudos primários incluídos, a qual resultou na inclusão de 11 estudos primários. A amostra final da revisão foi constituída por 23 estudos primários. Resultados: Os estudos foram analisados e integrados em três categorias temáticas: 1) comparação de valores de PA; 2) comparação de métodos de medida da PA; e 3) recomendações de especialistas. Utilizou-se a classificação de hierarquia dos níveis de evidência para estudos de intervenção proposta por Melnik-Fineout (2010), resultando em 18 estudos classificados como nível de evidência VI e cinco como nível de evidência VII. Quanto às características dos estudos, todos foram publicados no idioma inglês (n=23), sendo 21 publicados pela comunidade médica e dois por profissionais não médicos - um engenheiro e um enfermeiro. Conclusão: A medida da pressão arterial nos membros inferiores pode ser realizada tanto com aparelho aneroide quanto oscilométrico. Na coxa, a literatura enfatiza que se deve utilizar o manguito grande (18 centímetros de largura) e no tornozelo o manguito padrão (12 centímetros de largura), com o paciente em posição supina ou prona. Os valores de diferença média da pressão arterial sistólica encontrados na perna ou no braço variaram de 11,2 a 36,5 milímetros de mercúrio quando comparados nos estudos analisados. Tais resultados sugerem que o tornozelo e a coxa são alternativas viáveis quando a medida indireta da pressão arterial não pode ser realizada no braço, entretanto, não devem ser utilizadas como substitutas devido à discrepância dos valores encontrados e suas importâncias na prática clínica. Nos casos em que o membro inferior for a única opção disponível, a medida da pressão arterial preferencialmente deve ser realizada no tornozelo, dado que, na coxa, há relatos de desconforto e dor, o que pode influenciar nos valores de pressão arterial encontrados.