Variabilidade genética e morfológica em populações de Trichodactylus fluviatilis Latreille, 1828 (Brachyura, Trichodactylidae) no Brasil

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2013
Autor(a) principal: Carvalho, Edvanda Andrade Souza de
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/59/59139/tde-01112013-083827/
Resumo: O caranguejo de água doce Trichodactylus fluviatilis Latreille, 1828 apresenta uma considerável variabilidade morfológica, aliada a uma ampla distribuição geográfica e ocupação de ambientes costeiros e continentais. Tal variabilidade tem gerado, em alguns casos, dúvidas quanto à delimitação da espécie. O presente trabalho tem como objetivo averiguar se as populações de T. fluviatilis apresentam divergências morfológicas e genéticas compatíveis com o nível intraespecífico avaliando-se a hipótese de validade deste táxon. Para isto, foi realizada a análise da variabilidade genética entre as populações e uma revisão taxonômica. O material analisado foi obtido por meio de coletas, visitas e empréstimos de coleções carcinológicas do Brasil. Foram analisados caracteres descritos na literatura e obtidas sequências parciais dos genes mitocondriais 16S rRNA e citocromo c oxidase subunidade I (COI). Dentre os caracteres morfológicos analisados alguns tiveram muita variação, enquanto outros se mostraram bem informativos para alguns grupos. O resultado da análise molecular mostrou a formação de clados internos com altas divergências genéticas entre eles, tanto para o gene 16S quanto para o COI. Além disso, a espécie T. petropolitanus foi alocada entre os clados reconhecidos morfologicamente como T. fluviatilis. Tais estruturações genéticas, aliada ao polimorfismo morfológico, mostraram claramente que a espécie reconhecida morfologicamente como T. fluviatilis não forma um grupo monofilético, podendo ser considerada um complexo de espécies, que precisa de ajustes taxonômicos consideráveis.