Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2022 |
Autor(a) principal: |
França, Nielson Felix Caetano |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/59/59139/tde-02122022-101456/
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Resumo: |
Os caranguejos de água doce primários da região neotropical têm uma alta diversidade específica e são classificados em três famílias: Epiloboceridae Smalley, 1964, Pseudothelphusidae Ortmann, 1893 e Trichodactylidae H. Milne Edwards, 1853. A primeira está restrita a ilhas das Grandes Antilhas, enquanto as outras duas se distribuem ao longo dos países da América do Sul. Apesar dessa ampla diversidade, ainda existem várias questões pendentes sobre a sistemática e taxonomia de seus representantes. Atualmente, há cerca de 50 espécies de tricodactílide. A maioria dessas encontra-se no Brasil, distribuídas em 10 gêneros e presentes em todas as grandes bacias hidrográficas. Entre esses gêneros, Dilocarcinus H. Milne Edwards, 1853 possui uma complexa história taxonômica, utilizado inicialmente para comportar um conjunto de espécies, considerando a princípio, apenas a similaridade dos caracteres morfológicos externos. Após algumas revisões, suas espécies foram reclassificadas e alocadas em outros cinco gêneros (pertencentes a Tribo Dilocarcinini), restando em Dilocarcinus apenas três espécies: Dilocarcinus pagei Stimpson, 1861, D. septemdentatus (Herbst, 1783) e D. truncatus Rodríguez, 1992. Essas espécies também compartilham uma problemática taxonômica semelhante à do gênero, com D. pagei apresentando duas subespécies sinonimizadas (D. pagei cristatus Bott, 1969 e D. pagei enriquei Pretzmann, 1978 e D. septemdentatus apresentando uma espécie sinonimizada (D. spinifer H. Milne Edwards, 1853. Enquanto as duas primeiras apresentam uma ampla distribuição geográfica, com um grande acervo disponível para avaliação, D. truncatus possui apenas o holótipo como o único espécime disponível para avaliação e é conhecido apenas em sua localidade-tipo, na província de Beni, Bolívia. Nesse contexto, foi realizada uma abordagem conjunta de análises morfológicas e moleculares, buscando uma revisão e elucidação de tais questões taxonômicas, além de conhecer o grau de variabilidade morfológica e genética das espécies mais abundantes e as relações de parentesco, existentes entre elas e os demais gêneros da tribo. Dada à indisponibilidade de exemplares de D. truncatus para análise, realizou-se a avaliação apenas com D. pagei e D. septemdentatus. Tal investigação culminou no reconhecimento de dois complexos de espécies, com ambas as linhagens suportadas por caracteres morfológicos. Além disso, como primeira abordagem filogenética molecular do grupo, foi possível esclarecer o status taxonômico das espécies e suas relações de parentesco dentro de Dilocarcinus. Os resultados conduziram à ressurreição e elevação de uma subespécie à categoria de espécie; o retorno D. spinifer; e a descrição de uma nova espécie. |