Alterações na via aérea superior de mulheres portadoras de apneia obstrutiva do sono submetidas à cirurgia bariátrica

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: Soares, Carolina Ferraz de Paula
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5143/tde-01082023-161217/
Resumo: A apneia obstrutiva do sono (AOS) é uma doença prevalente com consequente aumento de risco de morbimortalidade por doenças cardiovasculares, depressão, acidentes, prejuízo cognitivo e redução da qualidade de vida. Seu maior fator de risco a obesidade, a qual apresenta prevalência crescente na população mundial. A perda de peso é um tratamento da apneia em pacientes com sobrepeso ou obesos. Contudo, não há estudos com perda de peso superior a 10% demonstrando qual é a principal alteração da via aérea superior (VAS) que se correlaciona a perda de peso e a melhora da apneia. Tampouco encontramos estudos descrevendo um possível impacto do status menstrual nas modificações VAS e na AOS após grande perda de peso. Assim o presente estudo objetiva avaliar em mulheres obesas submetidas a cirurgia bariátrica as modificações na morfologia da via aérea superior, nos dados polissonográficos. Também avaliamos as modificações na via aérea superior que se correlacionam com a melhora da AOS e comparamos se o status menstrual impacta as modificações morfológicas da VAS e da AOS. Foram realizadas polissonografia e ressonância magnética antes e pelo menos 6 meses após a cirurgia bariátrica em 23 mulheres com idade média de 43,6 anos, índice de massa corpórea (IMC) inicial médio de 42,5 kg/m2. Houve uma redução percentual média de 29% do IMC, uma diminuição na gravidade da apneia com redução média de 51% do índice de apneia hipopneia. Quanto a morfologia VAS após a redução de peso ocorreu significativa redução de depósitos de gordura (no palato mole, língua e parafaríngeo) e aumento do volume luminal da via aérea retropalatal, além de deslocamento cranial do osso hioide. A melhora na AOS se correlacionou com a redução da circunferência cervical. Em relação ao status menstrual das participantes, não encontramos diferenças significativas polissonográficas e na morfologia da via aérea superior entre o grupo em idade reprodutiva e o grupo em menopausa no início do estudo e nas alterações produzidas pela cirurgia bariátrica. Contudo, a menopausa parece diminuir a perda de tecido adiposo no palato mole relacionada a perda de peso