Escala Multidimensional de Avaliação da Dor Psíquica (EMADOR-COVID 19): uma perspectiva da linha de frente na assistência

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: Oliveira, Luciana Aparecida Gonzaga
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/22/22132/tde-09102023-074801/
Resumo: O fenômeno doloroso relacionado aos aspectos físicos e psíquicos possibilita a compreensão da multiplicidade e da complexidade do fenômeno pandêmico da COVID-19. Faz-se urgente avaliar impactos para que seja possível identificar os aspectos psicológicos que fazem parte do manejo da dor psíquica. O objetivo foi elaborar Escala de Avaliação da Dor Psíquica relacionada à COVID-19. Trata-se de um estudo de abordagem qualitativa realizada a partir da aplicação de um formulário com 10 categorias e 83 atributos. O método utilizado foi o de estimação em categorias, as análises estatísticas foram decorrentes das tendências dos dados, os quais foram apresentados em tabelas e gráficos. A análise dos dados foi realizada por meio do software Excel e do Jamovi. O teste não paramétrico de Mann-Whitney foi utilizado para verificar se houve diferença estatística significativa para os valores atribuídos nos descritores pelos profissionais da área da saúde. A amostra foi composta por 524 participantes, sendo 255 participantes da Santa Casa de Misericórdia de Passos e 269 participantes do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto, 81,49% mulheres e 18,51% homens que responderam um formulário na modalidade online. Sendo, 29,77% enfermeiros, 25,78% técnicos de enfermagem, 12,40% médicos, 4% fisioterapeutas e 28,05% demais profissionais da área da saúde, os quais constituem a linha de frente na assistência aos pacientes portadores da COVID-19. A média de idade foi 38,94 anos. Dos participantes 57,44% estavam atuando na linha de frente da COVID-19 e 42,56 não estavam na linha de frente. Os resultados obtidos nos trazem evidências de como os participantes conseguiram a superação de si, apesar da dor psíquica vivenciada na pandemia. A crença, religiosidade, espiritualidade, valorização da vida e o impacto relevante do apoio familiar para atravessar essa fase difícil trouxeram o prazer em viver apesar da dor psíquica ocasionada pela pandemia. O medo de contaminar os familiares se fazia presente, porém a empatia trazia à tona o prazer em trabalhar mesmo em situações de risco. A limitação do ir e vir devido lockdown, saídas de casa apenas para atividades essenciais e em meio ao caos instalado pela pandemia, os integrantes do estudo tiveram habilidades para lidar com os problemas e atividades do cotidiano. A falta de remuneração adequada e a tristeza pelo preconceito para com os profissionais de saúde foram impactantes para essa população.