Avaliação da posição e formato do côndilo mandibular em pós-operatório de um ano de cirurgia ortognática em pacientes com fissura labiopalatina

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Valente, Ana Carolina Bonetti
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/61/61132/tde-17032020-135344/
Resumo: A cirurgia ortognática é uma das últimas cirurgias realizadas em pacientes com fissura labiopalatina. Uma das queixas no pós-operatório é com relação a sintomas relacionados à Articulação Temporomandibular (ATM) e a repercussão da cirurgia ortognática no complexo temporomandibular ainda não está completamente elucidada. Objetivo: avaliar a posição da cabeça da mandíbula em relação à fossa articular e sua remodelação no pós-operatório tardio de cirurgia ortognática e relacionar com a ocorrência de sintomas. Método: Foram avaliadas tomografias de 37 pacientes (74 hemimandíbulas) submetidos à cirurgia ortognática bimaxilar. Por meio de reconstrução 3D, o volume condilar pré e pós-operatório foi comparado. A posição do côndilo em relação à fossa articular foi feita por meio de medidas lineares para medição das distâncias anterior e posterior em linha reta do ponto mais proeminente até a fossa glenóide. A partir disso, os côndilos foram classificados quanto a sua posição em anterior, posterior e concêntrica. A avaliação dos sintomas de dor, ruído e limitação articular foi feita por comparação da avaliação pré-operatória que consta no prontuário e avaliação clínica pós-operatória, por meio de medição das amplitudes de movimento, avaliação de dor e ruído articular e aplicação de escala visual analógica para dor articular, dor ao movimento e satisfação com o resultado da cirurgia. Resultados: todos os dados foram tabulados em planilha do Google Sheets e submetidos à análise estatística por meio do software SigmaPlot 12.0. Verificou-se diferença entre os volumes pré e pós-operatório (p<0,001), com média de redução volumétrica de 7,437%. Não houve diferença de posição pré e pós-operatória (p=0,057). Houve aumento na incidência de sintomas no pós-operatório (p=0,001 para dor e p<0,001 para ruídos articulares). Houve correlação entre posição da cabeça da mandíbula e ruídos articulares (p=0,046), mas não entre a variação do volume com sintomas (p=0,152 para dor e p=0,508 para ruídos). Houve correlação entre variação de posição e variação do volume (p<0,001). Houve diminuição média de 15,2% na amplitude de abertura de boca (p<0,001). Conclusão: não há mudança na posição da cabeça da mandíbula em relação à fossa articular no pós-operatório da cirurgiaortognática. Entretanto, há diminuição do volume ósseo. A remodelação óssea não tem relação com o aparecimento de sintomas e embora a mudança de posicionamento não pôde ser relacionada à ocorrência e magnitude de dor, ela está associada a ruídos articulares no pós-operatório