Avaliação sensitiva em idosos saudáveis: estudo longitudinal

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Silva, Luciana Alvarenga da
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5138/tde-28032018-094437/
Resumo: O processo de envelhecimento é acompanhado de diminuição gradativa sensitiva de uma forma geral, e sabe-se que alterações como perda olfativa podem anteceder o aparecimento de doenças neurodegenerativas, como a Doença de Alzheimer (DA) e a Doença de Parkinson (DP). Além disso, anormalidades somestésicas são encontradas em doentes com Diabetes mellitus (DMII), e estão associadas ao aparecimento da neuropatia diabética, que pode ser precipitada pela Hipertensão Arterial Sistêmica (HAS). Sendo assim, o objetivo deste estudo foi avaliar longitudinalmente as sensibilidades somestésica, gustativa e olfativa, correlacionando-as com as características clínicas de idosos, bem como com a incidência de novas doenças. Foram recrutados 57 idosos do Serviço de Geriatria do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (HC-FMUSP); destes, 36 compareceram à segunda avaliação e 24 à terceira avaliação anual. Foram utilizados os instrumentos: avaliação clínica (dados do prontuário médico incluindo doenças prévias e novas, medicamentos e exames - hemograma, glicemia e colesterol), avaliação de pressão arterial (PA), frequência cardíaca (FC), Mini Exame do Estado Mental (MEEM), avaliação sistematizada da sensibilidade (limiares olfativos, gustativos, percepção térmica - frio e calor, percepção mecânica - tátil e vibratória, percepção dolorosa de superfície e reflexo córneo-palpebral). Os dados foram tabulados e analisados estatisticamente considerando-se um nível de significância de 5%. Foi observado aumento dos limiares olfativos (p < 0,001), salgado (p=0,024), azedo (p=0,020), amargo (p=0,001), frio na face (p=0,019), frio na mão (p=0,004), tato na face (p < 0,001), tato na mão (p=0,012) e vibração na face (p=0,018). Houve associação da sensibilidade com doenças prévias (p < 0,05). Em conclusão, observou-se que alterações sensitivas se associaram com o aumento da idade e doenças prévias se relacionaram a variações de sensibilidade, embora limiares sensitivos não se associaram a incidência de novas doenças