Caracterização morfológica, química e mineralógica de microagregados de um latossolo roxo de Iracemápolis, SP e de Pelotas produzidas por Cupins

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2001
Autor(a) principal: Graminha, Celso Aluisio
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/44/44134/tde-04022015-095520/
Resumo: A partir da década de 70, muitos pesquisadores descreveram semelhanças morfológicas, químicas e mineralógicas entre os microagregados de grande parte dos solos ferralíticos das regiões tropicais e as pelotas produzidas pelos cupins de solo, utilizadas para a construção do cupinzeiro. Tanto microagregados como pelotas apresentam-se como microestruturas com formas esferoidais a ovoidais e dimensão que varia de 0,5 a 3 mm, com textura argilosa e composição mineralógica predominante de caolinita, gibbsita, oxihidróxidos de Ferro e grãos de esqueleto dispersos em uma matriz porfírica. No Brasil, o Latossolo representa importante classe de solos, sendo peculiar o fato de apresentar o horizonte B com forte estrutura microagregada, muito estável e cuja gênese ainda não está completamente esclarecida. De outro lado, os cupins contribuem de forma intensa para os processos pedogenéticos dos solos tropicais por meio da remoção e concentração de partículas mineral e orgânica. Este trabalho teve como objetivo caracterizar os microagregados de um Latossolo Roxo e verificar se ocorrem relações entre estes e as pelotas produzidas por cupins de larga ocorrência no estado de São Paulo. Foi realizada uma caracterização morfológica, química e mineralógica dos microagregados em um perfil de Latossolo Roxo na região de Piracicaba, bem como caracterização das pelotas produzidas por dois gêneros de cupins, Cornitermes e Syntermes, no campo e no laboratório. Os resultados mostram que no Latossolo ocorrem dois tipos principais de microagregados sendo um tipo maciço (sem subestrutura) e outro tipo composto (com subestrutura), em formas subesferoidais e contornos subarredondados a subangulosos, com dimensão predominante de 0,15 a 1 mm. A ação dos cupins no Latossolo fica evidente pela abundância de feições remanescentes no solo como, fragmentos de canal com ou sem preenchimento, marcas de remoção de argila impressas na superfície de) feições argilosas, encontradas em todo o perfil (0-200 cm). As pelotas dos cupins, tanto de campo como de laboratório são muito similares na forma, ocorrendo um tipo maciço e um tipo composto (com subestrutura) com fábrica interna porfírica. A dimensão das pelotas varia entre 0,5 a 2,5 mm e indica uma relação direta com o tamanho da espécie produtora. Os resultados permitem concluir que o Latossolo apresenta diferentes tipos de microagregados, relacionados a gêneses distintas e refletindo processos complexos de evolução deste solo. A atividade de cupins é presente como um fator de transformação, sobretudo pela mistura e homogeneização de materiais no solo estudado.