Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2016 |
Autor(a) principal: |
França, Moana Rodrigues |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
|
Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
|
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Não Informado pela instituição
|
Palavras-chave em Português: |
|
Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/10/10131/tde-21032017-151159/
|
Resumo: |
Em vacas de corte, folículos pré-ovulatórios (FPO) maiores, maiores concentrações de estradiol (E2) no proestro/estro e progesterona (P4) no diestro favorecem o crescimento do concepto e a fertilidade. Porém, os mecanismos mediados pelos esteroides femininos que influenciam a receptividade uterina ao embrião precisam ser esclarecidos. Os aminoácidos (AA) são componentes das secreções uterinas que são cruciais para a sobrevivência do embrião antes da implantação. A hipótese deste trabalho é que o tamanho do FPO e as concentrações de E2 e P4 modulam a abundância de transcritos relacionados ao transporte e metabolismo de AA no endométrio e afetam a concentração luminal de AA. Para isso, o crescimento folicular de vacas Nelore foi manipulado com o objetivo de formar dois grupos: FPO grande e CL grande (FG-CLG) e FPO pequeno e CL pequeno (FP-CLP). No Dia 4 (D4; Exp 1) e Dia 7 (D7; Exp 2) após a injeção de GnRH para indução da ovulação, foram coletados tecido endometrial e lavado uterino post-mortem. A abundância de transcritos foi avaliada por qRT-PCR e as concentrações de AA nos lavados foram quantificadas por HPLC. No Exp 1, o tamanho do FPO, concentrações plasmáticas de E2 no D-1 e de P4 no D4 foram 15,70mm±0,43 vs. 11,31mm±0,23 (p<0,01), 2,44pg/ml±0,19 vs. 0,65pg/ml (p<0,01) e 1,40ng/ml±0,23 vs. 0,80ng/ml±0,10 (p<0,01) para os grupos FG-CLG vs. FP-CLP, respectivamente. No Exp 2, o tamanho do FPO, concentrações plasmáticas de E2 no D-1 e de P4 no D7 foram 13,18mm±0,44 vs. 10,63mm±0,30 (p<0,01), 2,30pg/ml±0,57 vs. 0,50pg/ml±0,13 (p<0,01) e 3,68ng/ml±0,38 vs. 2,49ng/ml±0,43 (p=0,04) para os grupos FG-CLG vs. FP-CLP, respectivamente. No D4 a abundância de SLC1A4, SLC38A1, SLC6A6, SLC7A4 e SLCY e no D7, SLC1A4, SLC6A1, SLC6A14, SLC7A4, SLC7A8, SLC38A1, SLC38A7, SLC43A2 e DDO foi maior no endométrio dos animais do grupo FG-CLG (p<0,05). No D4, maiores concentrações de taurina, alanina e ácido α-aminobutírico foram observadas no grupo FP-CLP (p<0,05). Em contraste, menores concentrações de valina e cistationina foram encontradas nos lavados uterinos do D7 dos animais do grupo FP-CLP (p<0,05). No D4, os animais do grupo FG-CLG, associado a maior fertilidade, apresentaram menor quantidade de AA nas secreções uterinas, porém, a abundância dos transportadores de AA foi compatível com maior transporte em comparação aos animais do grupo FP-CLP. Esses resultados sugerem que antes do embrião se mover do oviduto ao útero, o transporte e metabolismo dos AA prioriza a preparação das células endometriais para receber o embrião e não o acúmulo nas secreções uterinas. Porém, no D7, quando o embrião está em contato direto com as secreções uterinas, os genes relacionados ao transporte de AA no endométrio e a concentração de AA no histotrofo são estimulados nas vacas do grupo FG-CLG. Portanto o metabolismo e transporte de AA no sentido das células endometriais ou das secreções uterinas pode ser um mecanismo importante para a receptividade materna. |