Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2020 |
Autor(a) principal: |
Silva, Júlio César Barboza da |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/74/74135/tde-06052021-123320/
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Resumo: |
A atividade reprodutiva da búfala é influenciada pela sazonalidade, sendo que dias curtos favorecem a ciclicidade e a concepção, impactando a produção leiteira ao longo do ano. A desestacionalização, por meio da produção in vitro de embriões (PIVE), criopreservação e ultrassonografia Doppler, são alternativas viáveis para distribuir homogeneamente os partos ao longo do ano. Assim, no Capítulo I, aspectos da fisiologia reprodutiva da búfala, PIVE e criopreservação de embriões foram revisados. No Capítulo II foram avaliados os efeitos da sazonalidade reprodutiva (SR) de búfalas sobre as taxas de PIVE e de concepção (TCs) com os objetivos de: (I) avaliar o efeito da SR de doadoras de oócitos na recuperação oocitária e produção de embriões; (II) avaliar o efeito da SR de doadoras de oócitos e receptoras de embrião nas TCs; (III) comparar a eficiência da VT e do congelamento em curva lenta para transferência direta (TD) na criopreservação de embriões bubalinos. Para isso, foram realizadas 136 OPUs (ovum pick-up) em 102 doadoras. Dessas, 62 OPUs em doadoras na estação reprodutiva favorável (dERF; junho e julho) e 74 OPUs em doadoras na estação reprodutiva desfavorável (dERD; dezembro e janeiro). Os oócitos foram levados para laboratório comercial, embriões foram produzidos in vitro e criopreservados por VT ou TD. As receptoras em estação reprodutiva favorável (rERF) ou desfavorável (rERD) foram sincronizadas com protocolo hormonal. A recuperação oocitária foi maior por OPU em dERD comparados às dERF (10,0 vs 7,6, p=0,0262), não havendo diferença na produção de embriões por OPU (2,3 vs 1,5; p=0,6813). A TC foi maior para embriões originados em dERF comparado às dERD (46,5% vs 22,4%; p=0,0013) independentemente da estação reprodutiva da receptora. Não houve diferença na TC entre rERF e rERD (38,0% vs 33,0%; p=0,5033, respectivamente) nem entre VT vs TD (30,4% vs 41,4%; p=0,1466, respectivamente). No Capítulo III foi avaliado o emprego da ultrassonografia Doppler na avaliação de receptoras bubalinas. Os objetivos foram investigar a relação (I) da área e (II) da perfusão sanguínea (PS) do corpo lúteo (CL) nas TCs de rERF e rERD. Para isso, 151 receptoras avaliadas previamente à transferência de embriões (TE) foram agrupadas conforme a área do CL em: pequeno (1,05 - 1,80 cm²), médio (1,81 - 2,20 cm²) e grande (2,22 - 3,26 cm²); e 146 receptoras avaliadas previamente à TE foram agrupadas conforme a PS do CL em: 35-45%, 50-55% e 60-80%. A área do CL foi maior em rERF em relação à rERD (2,19 ± 0,051 cm² vs 1,88 ± 0,049 cm²; p<0,0001; respectivamente), não havendo efeito da área do CL nas TCs. As TCs foram menores em rERF com baixa PS (TC=19,2%) comparada com rERF com média (TC=47,6%; p=0,0379) e alta PS (TC=50,0%; p=0,0218). Conclui-se que a melhor época para realizar a PIVE em búfalas é a dERF, sendo que os embriões podem ser criopreservados por VT ou TD e serem transferidos para receptoras tanto em rERF quanto rERD; e que o uso da ultrassonografia Doppler se mostra eficiente em predizer receptoras que potencialmente apresentarão TCs superiores. |