Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
1985 |
Autor(a) principal: |
Noda, Sandra do Nascimento |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/11/11145/tde-20240301-150525/
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Resumo: |
O presente estudo identificou, através da retrospectiva histórica da produção amazonense de juta e malva, as formas de produzir e reproduzir as forças de trabalho necessárias ao movimento de acumulação do capital, utilizando o conceito de Mobilidade do Trabalho. Também focalizou as formas de exploração e organização do trabalho para a constituição do mercado de trabalho capitalista regional. Nessa trajetória mostrou como o desenvolvimento capitalista no campo promove a adequação da força de trabalho rural. Para isso foram consideradas adequadas ao estudo do problema de investigação as áreas dos municípios de Manacapurú, Itacoatiara e Parintins que compõem a Micro-região 10, Médio Amazonas, no Estado do Amazonas, por serem áreas onde se concentra a produção de fibras vegetais, juta e malva, como matéria prima para a indústria de aniagem local. Os dados referentes à população envolvida, direta ou indiretamente na produção de juta e malva, foram obtidos através do levantamento de dados secundários em instituições e entidades locais, e de dados primários através de entrevistas e histórias de vida coletadas com a intensão de se aprofundar nas questões envolvidas nos objetivos da pesquisa. A análise mostrou que o processo de trabalho na produção de juta e malva é de alguma forma controlado e determinado pelos comerciantes, pelas cooperativas, pelos bancos e em alguns aspectos pelas indústrias regionais de aniagem. Os produtores apesar de terem acesso aos meios de produção, tem o que devem produzir determinado por esses agentes do capital. Assim subordinados os trabalhadores se inserem em estruturas produtivas distintas através do assalariamento na indústria e do trabalho na pequena produção agrícola. Essa subordinação leva os trabalhadores, vivendo em uma estrutura produtiva incapaz de preencher a totalidade de suas necessidades, a buscar no assalariamento temporário da sua força de trabalho e de seus familiares a complementação dos recursos necessários à sua manutenção enquanto pequeno produtor, evidenciando assim, os mecanismos essenciais do processo de produção das forças de trabalho para o mercado de trabalho, ou seja, a mobilidade do trabalho. Mecanismos que proporcionam e contribuem para a formação e manutenção dos movimentos populacionais, e também para o nível de organização dos trabalhadores em busca de oportunidades de trabalho. |