Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2012 |
Autor(a) principal: |
Bertolino Neto, Moacyr Miniussi |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/6/6136/tde-12032012-114447/
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Resumo: |
Introdução: A Estratégia de Saúde da Família se apresenta como possibilidade de acompanhamento em saúde mental de pessoas em sofrimento psíquico, se integrando à rede de saúde e facilitando, por meio do acolhimento, ações intersetoriais de inclusão social. Contudo, pouco se sabe acerca das atuações de equipes da Estratégia de Saúde da Família naquilo que condiz com a problemática de saúde mental. Dessa feita, intentou-se verificar se essas equipes observam problemas de saúde mental e se elas acompanham esses problemas. Caso as equipes estejam efetivamente acompanhando questões de saúde mental, propõe-se, então, descrever que procedimentos e orientações existem para realizar tais ações. Essas descrições permitiriam, em ultima instância, estabelecer em que medida as equipes da ESF definiram relações de trocas e trabalho com as equipes de saúde mental da rede formal de assistência. Objetivo: Descrever o acompanhamento de pessoas com problemas de saúde mental por equipes da Estratégia de Saúde da Família. Método: Foram utilizados dados da pesquisa quali-quatitaiva de corte transversal Condições de Acolhimento e Resolutividade de Problemas de Saúde Mental Infanto-Juvenil na Estratégia de Saúde da Família. O campo foi constituído por cinco municípios das três Regiões Metropolitanas e do Interior do Estado de São Paulo. Foram definidos como sujeitos 823 e retidos para efeito da investigação 729 profissionais das equipes da Estratégia de Saúde da Família desses municípios. Aos sujeitos aplicou-se um questionário de tipo misto com 56 perguntas. Os dados foram ajustados de modo proporcional à representatividade numérica de cada categoria profissional. Resultados: os sujeitos dizem observar pessoas com problemas de saúde mental na população assistida e relatam acompanha-los com ações de atenção à saúde mental. As orientações para tal prática ocorrem principalmente em reuniões da própria equipe. Os procedimentos previstos para o acompanhamento dessas pessoas mais mencionado é discussão com a própria equipe. Nas relações entre as equipes é possível inferir a existência de hierarquização e fragmentação da atenção ao sujeito. Considerações Finais: Os profissionais da Estratégia de Saúde da Família, voltados ao atendimento da saúde geral da população no âmbito da atenção básica, observam e acompanham pessoas com problemas de saúde mental. Seus procedimentos nesse último âmbito revelam, entretanto, vieses ligados provavelmente tanto à movimentos iniciais da história da saúde mental quanto ao investimento deficitário e não sistemático na compreensão das políticas de saúde gestadas no interior da lógica da Reforma Psiquiátrica. A despeito disso, observa-se que o modelo de funcionamento da Estratégia de Saúde da Família, em decorrência de sua capilaridade no seio da população, mostra-se cheio de promessas para o direcionamento da atenção em saúde à problemas de saúde mental em proximidade com as necessidades da população |