A micropolítica do trabalho e do planejamento no cotidiano da Estratégia de Saúde da Família: estudo de caso do acolhimento

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2024
Autor(a) principal: Borges, Luiz Augusto Batista [UNESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://hdl.handle.net/11449/258129
Resumo: O presente estudo surgiu do incômodo com a gestão do cuidado e a dificuldade em compreender as subjetividades das relações interpessoais dos seus atores num contexto de quatro Unidades de Saúde da Família de um município no interior de São Paulo. Tal contexto se reflete no cenário atual, atravessadas por uma série de fatores político institucionais desfavoráveis à uma Atenção Primária à Saúde de qualidade na esfera nacional, bem como o cenário pós pandemia de Covid-19. O objetivo geral desta pesquisa foi compreender as relações que se estabelecem, no cotidiano da Estratégia Saúde da Família, entre as práticas de gestão e de trabalho na atenção à saúde, a partir do acolhimento dos serviços estudados. Trata-se de um estudo de caso qualitativo. A produção de dados ocorreu através de observação participante e entrevistas semiestruturadas. A análise do material se deu através de uma abordagem construtivista, e contemplou aspectos da micropolítica do trabalho e da teoria macro-organizacional de Carlos Matus. Os resultados atribuíram significado e permitiram debates com a literatura sobre as relações que se estabelecem através das ações de acolhimento no processo de trabalho e na gestão do cuidado naquele ecossistema. Percebeu-se algo como um imperativo de desumanização, que tem como base o macro contexto político-institucional, atravessa e tensiona as relações estabelecidas no cotidiano do trabalho das equipes que constituem esse caso. Evidenciou-se, ainda, as possibilidades contidas no acolhimento quando tocado pela capacidade de “se importar” com o outro. Tal circunstância permitiu empatia e preocupação com o pulsar de vida (no outro e em si mesmo). Deve ser encorajada e reconhecida em sua potência não apenas na retórica, mas também no cotidiano das relações. A partir daí, foi produzido um relatório técnico sobre esta pesquisa, como ferramenta indutora de reflexões e outras formas de pensar a prática. Este Trabalho de Conclusão de Mestrado é fruto do Programa de Pós-Graduação stricto sensu Mestrado Profissional em Saúde da Família ( PROFSAÚDE).