Avaliação dialética: da medição à mediação

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: Prado, Ana Carolina de Fazzio Carmo
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/59/59140/tde-12112021-234013/
Resumo: Esta pesquisa parte da compreensão da avaliação como componente intrínseco ao movimento de ensino e de aprendizagem na perspectiva histórico-cultural. Busca compreender e explicitar a significação e a vivência da avaliação como unidade mediadora no processo em que o objeto do conhecimento humano, construído historicamente, revela-se às gerações posteriores por meio dos objetos de ensino. Indica-se como as necessidades subjacentes ao uso da avaliação e os motivos que a sustentam para verificação dos conhecimentos a têm configurado como modelador da prática docente, determinando, muitas vezes, o currículo e os objetivos da atividade pedagógica. Na busca de uma conceitualização, procura-se deslocá-la de seu lugar de medidora, para ocupar um novo espaço - de mediadora - e possibilitar aos sujeitos, em atividade de ensino e em atividade de aprendizagem, compreendê-la como possibilidade de análise e síntese da relação ensino-aprendizagem, com vistas à formação do pensamento teórico. A lógica do trabalho alicerça-se em quatro movimentos interdependentes: dos Princípios, das Propostas, das Práticas e das Possibilidades. Nos Princípios, discutem-se os papéis sociais ocupados pela criança e pelo adulto que, na relação professor-estudante, constituem-se por concepções de aprendizagem e desenvolvimento. Procura-se vincular a avaliação como possibilidade de desenvolvimento prospectivo e os princípios presentes no conceito de Zona de Desenvolvimento Proximal, desenvolvido por Vigotski e seus colaboradores. Nas Propostas, considera-se a Base Nacional Comum Curricular para discutir sua relação mandatária com a organização do currículo, e sobretudo, sua influência na orientação de práticas e condutas dos sujeitos da escola. Lançando mão da comum associação entre avaliação e instrumentos utilizados para avaliar, nas Práticas tece-se uma análise sobre as dimensões implícitas nos instrumentos físicos, bem como na pseudointencionalidade pedagógica que os sustenta, buscando compreender a avaliação em sua dimensão dialética, que se objetiva na atividade pedagógica. Aos sujeitos em atividade de ensino e aos sujeitos em atividade de aprendizagem, possibilitam-se condições para apropriar-se dos nexos próprios da formação do pensamento teórico. Aborda-se também a avaliação dialética no ensino remoto, modalidade educativa que se instalou como medida protetiva diante da pandemia causada pela Covid-19. Nas Possibilidades, parte-se de uma situação comum a muitas vivências em espaços escolares, para expor como a Avaliação Dialética se constitui como possibilidade de passagem da qualidade subjacente aos instrumentos operacionalizados nas salas de aula, de medidora da aprendizagem, para a função de ação-instrumento mediador entre o ensino e a aprendizagem. Apresenta-se a relação entre os princípios da Avaliação Dialética, vinculando-os aos preceitos teórico-metodológicos presentes na Atividade Orientadora de Ensino, que centraliza o planejamento, a realização e o desfecho de uma situação de aprendizagem, em que a Avaliação Dialética se constitui como unidade na totalidade da atividade docente. Por fim, apresenta-se uma história virtual em que a avaliação dialética se constitui como exemplo de tomada de consciência sobre todas as etapas da atividade de ensino.