Relação entre sazonalidade, desrama e carboidratos no crescimento do eucalipto na propagação vegetativa por miniestaquia.

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2003
Autor(a) principal: Torres, Ana Gabriela Montan
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/11/11150/tde-09122003-105826/
Resumo: A importância do Eucalyptus na conjuntura atual da silvicultura brasileira tem incitado significativos investimentos em pesquisa, o que tem proporcionado o desenvolvimento da propagação vegetativa. A propagação vegetativa de Eucalyptus spp permite a rápida multiplicação de genótipos selecionados, alcançar altos ganhos mesmo com características de baixa herdabilidade (como por exemplo: crescimento e conteúdo de celulose), aumento imediato de produtividade, além de apresentar sucesso com a aplicação de técnicas de estaquia. Existem evidências da existência da correlação entre a concentração de carboidratos, enraizamento de estacas e sobrevivência das mudas. Apesar de não possuírem função reguladora no enraizamento, os carboidratos são fontes de energia e de carbono para a síntese de substâncias essenciais para formação do corpo da planta. O manejo silvicultural e ambiental do minijardim podem alterar as concentrações de carboidratos na planta, portanto, o manejo possibilita alterações no teor endógeno dos açúcares, resultando em ganhos na sobrevivência das mudas jovens. A pesquisa foi desenvolvida no viveiro da Aracruz Celulose S. A., que é a maior produtora de mudas de clones de eucalipto, localizada no município de Aracruz, Estado do Espírito Santo, Sudeste do Brasil. A empresa é também a maior produtora de celulose branqueada de fibra curta de eucalipto. Foram avaliados diversos parâmetros biométricos e bioquímicos de miniestacas de dois clones da empresa, em duas épocas sazonais (inverno e verão), coletados em três periodicidades de coleta. Os parâmetros biométricos avaliados foram: percentual médio de sobrevivência, biomassa seca e produtividade. Bioquimicamente, foram caracterizados e quantificados os teores de carboidratos através do método de hidrólise ácida e cromatografia (HPAE-PAD e GC-MS). Através do Teste t de comparação de médias a 95% de confiança, não foram encontradas diferenças estatísticas significativas entre as condições testadas. Entretanto, pela análise por componentes principais (PCA), comprovou-se que, biologicamente essas diferenças ocorrem e que existem uma época sazonal e periodicidade de coleta ótimas para cada clone, estando também relacionadas ao teor endógeno de carboidratos. Avaliando-se o feito da sazonalidade nos teores de açúcares para os dois clones, observou-se um aumento de 9.10% no verão em relação ao inverno. O ganho em açúcares propiciou um incremento de 138.00% e 143.00% em biomassa; em termos de sobrevivência ocorreram ganhos de 2.60% e 1.69% e, em termos de número de estacas produzidas/cepa os ganhos foram de 212.80% e 145.48%, para os clones A e B, respectivamente. De forma geral, para todos os parâmetros avaliados, a estação verão é a mais indicada para coleta de estacas, uma vez que se trata da estação mais produtiva. Em termos de periodicidade de coleta, para todos os parâmetros avaliados, a coleta a cada 9 dias mostrou-se a mais indicada.