Influência da pré-microestrutura sobre a resistência ao desgaste abrasivo de aços SAE 1045 submetidos à têmpera por indução

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: Silva, Sergio Mauricio Alves da
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/18/18158/tde-18042022-161906/
Resumo: O emprego do tratamento térmico superficial por indução tem se tornado cada vez mais frequente devido às muitas vantagens oferecidas por esse processo como, por exemplo, proporcionar ao aço uma maior resistência ao desgaste abrasivo e à fadiga preservando a ductilidade e tenacidade do seu núcleo. Um dos objetivos desse trabalho foi demonstrar que os resultados obtidos após a têmpera superficial por indução são fortemente dependentes da pré-microestrutura do material, ou seja, são influenciados pela microestrutura que antecede a esse tratamento térmico. Além disso, buscou se demonstrar que a dureza alcançada após a têmpera por indução não deve ser, isoladamente, o único fator a ser considerado quando se pretende elevar a resistência ao desgaste abrasivo e que outros fatores, tais como, homogeneidade da microestrutura, tamanho de grão pré-austenítico (PAGS) e o equilíbrio entre dureza e tenacidade podem maximizar os resultados alcançados. Para esse fim, parte das amostras de uma mesma barra de aço SAE 1045 foi tratada termicamente em forno convencional obtendo se com isso 3 diferentes microestruturas iniciais (1) conforme recebido, (2) normalizado e (3) normalizado temperado e revenido – e, posteriormente, temperadas por indução utilizando se 3 diferentes parâmetros obtendo se, no total, 9 grupos de amostras com durezas superficiais similares. Após sua caracterização, as amostras de cada um desses 9 grupos foram submetidas a ensaio de desgaste microabrasivo e seus desempenhos foram comparados entre si e, também, com outros dois grupos de amostras preparadas exclusivamente para essa etapa: amostras somente temperadas por indução, sem revenimento, e amostras com tamanhos de grão pré-austenítico (PAGS) bem maiores do que o normalmente encontrado após a têmpera por indução. Ao final dos ensaios, observou se que as amostras com pré-microestrutura temperada e revenida foram as que apresentaram uma microestrutura mais homogênea após a têmpera superficial por indução e obtiveram os melhores resultados quanto à resistência ao desgaste abrasivo embora apresentassem dureza superficial similar aos demais grupos de amostras. Ademais, observou se a influência do tamanho de grão pré-austenítico (PAGS) na resistência ao desgaste abrasivo sugerindo que um menor tamanho de grão, além de conferir ao material uma melhor resistência ao impacto, também proporciona uma maior resistência ao desgaste abrasivo.