Análise do componente educativo nos programas preventivos em saúde bucal no Brasil, 1980-1994

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 1997
Autor(a) principal: Rocha, Dais Goncalves
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/6/6135/tde-09102024-153314/
Resumo: Este estudo tem por objetivo identificar e analisar os referenciais de Educação em Saúde que têm fundamentado as práticas educativas em saúde bucal. Trata-se de uma pesquisa documental tendo como objeto 56 Programas Preventivos e Educativos em Saúde Bucal publicados no Brasil em periódicos odontológicos e de saúde pública, no período de 1980 a 1994. Os Programas são classificados, segundo o tipo de proposta de atuação, em Programas de Pesquisa (PESQ), Programas de Integração Docente-Assistencial (IDA) e Programas Institucionais (INST). A partir da definição dos critérios de análise, foi possível identificar que a maioria dos Programas (86%) apresenta o componente educativo, mas ainda é pequeno o número dos que se preocupam em explicitar um referencial de Educação em Saúde para fundamentar esta prática (34%). Algumas das terminologias de Educação em Saúde utilizadas não apresentam, necessariamente, relação direta com os referenciais deste campo científico. A visão de saúde predominantemente presente, de forma explícita ou implícita, é a de ausência de doenças. Assim, os referenciais mais citados pelos Programas são os de Educação Sanitária e de Educação para a Saúde, que elegem, como abordagem educativa, a informação ou persuação das pessoas para que elas desenvolvam comportamentos saudáveis. Os Programas são propostos, em sua maioria, para populações que estão sistematicamente reunidas, tendo como principal local da ação a escola. O critério de eleição da população alvo mais utilizado é o epidemiológico. Os Programas analisados deixam a desejar quando não estabelecem metas nem critérios de avaliação. Esta, quando presente, limita-se a resultados, não considerando processo ou estrutura. Nas considerações finais procura-se fornecer subsídios à análise de programas em termos de planejamento da prática educativa em saúde bucal, considerando a perspectiva da população.